Porteiro.
Sequer
analfabeto poderia considerado ser.
Não sabia ler
nem escrever.
Não sabia ler
letras, mas, carrascozianamente, sabia muito bem “ler pessoas”.
Na guarita,
onde ele labutava de segunda a segunda, de lua a sol, de sol a lua, havia uma placa
que ele não conseguia ler nem entender.
Sabia que
aquelas letras significavam algo, para pessoas que sabiam ler, mas ele não
sabia o que.
Achava bonitas algumas que via noutras placas,
com gotinhas, chapeuzinhos e pauzinhos pra lá e pra cá na parte superior.
Resolveu,
então, fazer uma intervenção para personalizar tal placa:
ENTRADA É SAÍDA.
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