I
A cor do uniforme.
As indumentárias.
Os instrumentos de trabalho.
A o_posição corporal [Lu-se-xplika?].
O olhar sempre para o chão.
Sempre.
Como se algo estivesse perdido.
Como se de algo estivesse a desviar.
Como se algo estivesse a procurar.
Tudo isso estava em consonância com o que era
estipulesperado de sua função.
Lugar social na produção.
II
E não adiantava aquela habitual e rasteira
converseira conformista de que “toda profissão é igualmente importante e
digna”.
Se assim fosse, qual seria a explicativa para tantas
diferenças materiais e simbólicas?
Até sua filha, de tenra idade, que ainda não
desentendia muita coisa da vida, já havia sacado a parte principal da dinâmica.
Na era da pré-curiosidade aguçada, que durou pouco, perguntara,
sem melar as palavras:
“Mãe, por que você trabalha sempre triste, olhando
apenas e sempre para o chão?”
Passada essa era, a guria passou raciocinar
diferente:
“Mãe, todas as profissões são igualmente dignas e
importantes, mas eu não quero ter uma profissão digna e importante assim como a
sua.”
estruturas e suas desestruturações:
reprodução e esterilidades
agência e seus deslimites...
Nos supermercados
da vida o valor das pessoas é proporcional aos seus preços?
Nenhum comentário:
Postar um comentário