I
Ontem,
24/3/2018, conheci um alguém. Um truta? Um mano? Uma pessoa, gente?
Possivelmente uma pessoa, possivelmente.
Ele não
era o Papa, mas disse: “Pode me chamar de G”.
Na real,
não conheci G. Apenas interagi, por força de dadas circunstâncias, por pouco
mais de uma hora, com G. Exceto pelas circunstâncias e sua força, talvez eu
ignorasse ou fugisse de G. A recíproca, talvez, também verdadeira fosse. Ou
seja. Ou poderia ser.
Quem é G?
Não sei quem é G. Quem foi G? Que faz G? Não sei o que G faz, nem o que faz G.
Pelo que percebi, racionaislizando, “tá na correria”.
Dimo
comentou algo mais ou menos assim [e quem um conto
reconta, reduz ou aumenta no terço as contas]: “... não deve ser fácil a
vida do G. ... Ele tem estereótipo...” Pode crê. Concordo, em termos, com Dimo.
Esse dimótico comentário desencadeou diversas tretas pensamentais em mim.
Pensar sobre minha gêzice, sobre minha geidade...
Se
tivesse eu “opção”, teria interagido com G? Provavelcertamente não. G foi força
das circunstâncias, circunstâncias forçadas, forçosas.
G, “sua esposa”
e seu piá instigaram-me a pensar coisas que eu não havia pensado. Coisas que
não pensara aprofundadamente. Coisas impensadas, coisas impensáveis. Coisas...
II
Domingo,
25/3/2018, cinco da matina, BR153, Km 200 sentido norte. Noite escura e
silenciosa. Rodovia só para mim. Sozinho, silenciosa e só pra mim... que nada!
G estava lá deblaterando em meus pensamentos. Deblatera meus pensamentos. G provoca-me, debocha-me, pisa em meu ponto J,
e isso, para mim, não é nem um pouco prazeroso, aliás, ao invés.
“G tem estereótipo.”
Podes crê! Concordo, em partes.
G tem várias coisas.
Mas G também não tem várias coisas. Coisas várias. G tem coisas ambíguas,
ambivalentes, coisas que nele não valem a mesma coisa que noutros coisinhos,
noutras coisinhas.
Afinal, no
final, o que me faz diferente de G? Nada? Pouca coisa? Um limiar tão tênue e
imaginário como o tal Meridiano de Greenwich ou como a tão consistente e
palpável dita linha do Equador?
A que distância
estou de G? A que distância G de mim está? O que fez, o que faz com que G tenha
se tornado (ou tenha sido tornado?) G, e não J? Por que G é somente G, e não
tratado como “Sr. G” ou “Dr. G”?
G é ou
está G?
E eu? Queerzando o
pensamento, não sou G ou não estou G?
Pensando bem, talvez
eu e G (sem intenção de ofendê-lo, G) sejamos tão parecidos ou tão diferentes
como, para pessoas analfabetas, as letras "g" e "j" em
pronunciadas palavras, como, por exemplo, jiló, gengibre, jeito, viajem...
viagem, gente!
III
Só pode tentar entender
algo desse papo gê quem vivenciou esse momento gê ao vivo, e não assistindo um
programa de auditório de TV.
Dedicado a @.
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