Todo principudo, caratudo, honestudo, eticudo, moraludo, o cara se
dizia o cara, se achava o max, o máximo, o mássimo, o tudo.
Naquele dia, no seu trabalho, uma borracharia, eis que aparece uma
simpaticosa Donnamarria e pede prele quebrá um galho e emitir uma notinha de só
mais um dia.
Todo simpático, ele dá a ela uma nota fiscal em branco, diz para que
faça bom proveito e que lhe deseja um bom dia.
A noite, ao chegar em casa, briga com o filho, que dera um gato num
gole de tubaína e inteirara com água, para fingir que nada acontecera.
- Filho, tudo, menos mentira! Mentira é coisa do satanais. Mentir
cresce o nariz. Mentir dá inferno. Mentir...
Todo principudo, caratudo, honestudo, eticudo, moraludo, o cara se
dizia o cara, se achava o tudo. Achava-se o tal e arqui-inimigo do “Tar”. Agora
estava em paz consigo. Conseguir.
Moral de pai, moral de filho.
A geração que se julga a vãguarda:
da boa moral, da boa ética, da razão, dos bons princípios e dos muito
bons costumes
nada tem a ensinar
do que gosta de deblaterar.
Decorar o código, edulcorar a fala – impostações.
É de corar a Coralina!
Nenhum comentário:
Postar um comentário