Há lisos
cabelos. Pra coisa num crespá.
Lentes
coloridas (‘sarará pi-olho’). Primbrancuipretu a vida numficá.
Tintais nuis
caibeilos. Pra brancos não nascerem.
Cinta na
barriga. Par’o bucho encolher.
Usando
roupas pretas. Pra tentar emagre-ser.
Passa
bate-pedra na bocarra. Pros lábios desinfinescer.
Massa
plástica na cara. Pras rugas esconder. {mas, e as rusgas?}
Sutiã
mais ajuntado. Prus peitus envolumescer.
Calça
jeans apertada. Pr’abundante não descer.
Salto 28.
Pra mais maior apare(s)cer.
Mais duas
horas no toucador. A Mono-liza vai sorrir.
Não (se)
olha nu espelho. Pra não (se) apaixonar.
Ou é por
medo da pergunta. Que a faz calar.
- Meu,
cadê você? Você é você? Quem é você?
- ‘Quem
sou eu?’
I-mundo
de-sofia.
- * -
Estava
pronta pra sua missão: naquela manhã ensinaria, no catecismo da escola
dominical, os “dez mandamentos”. Decidiu que fora inspirada pela mão smithiana
que começaria pelo “não mentirás”, pois a molecada estava muito pinocuda.
Aquela molecada que não toma jeito, não ... vai tudo pru inferno proseá cum o
‘Tar’.
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