Entregue o corpo aos vermes que
o frio cadáver devorarão [um salve ao Machadão], não mais há o que fazer.
No portal do cemitério, a
família reunida. Olhares perdidos, desolados. Choros, soluços e silêncios
misturados.
Em dias chuvosos parece que a
dor do luto, da morte que luta e vence a vida, é mais dolorosa, é mais doida,
mais doída, mais dorida. Dolores. Das Dores.
As lágrimas são consoladas pela
chuva que, assim, extermina a prova da dor, que não se sente, mas é sentida.
Olhar pra baixo é a melhor forma
de não encarar o lema móbido-vital, letalmente fatal: ‘resquiece in paz’, pois
um dia chegará sua vez. Noutras palavras, ‘nós que aqui estamos por vós
esperamos’
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