Muito, muito.
Muito de Sartre gostava.
De tudo?, talvez não.
Talvez.
Um
neopósnihilsartrexistencialista? Talvez. Talvez.
Do que mais gostava?
Da maximissíma máxima:
“O inferno são os outros.”
Tinha vontade de
incrementar, elevar à maximissíma potência essa máxima:
O inferno são sempre os
outros. Sempre e tão somente os outros.
Os outros são o inferno.
Um inferno. Infernal. Figurado. Literal.
Enfim, se fosse para
fazer o incremento, escreveria a máxima de tantas formas, de tal forma que ultrapassaria
a brochura “O ser e o nada”.
Um dia pensou em parar.
E parou para pensar.
Em tudo. Quase tudo,
talvez, nada.
Pensou em coisas mínimas.
E também na máxima.
Sendo um maximalista, na
máxima parou. A pensar. De pensar...
E concluiu.
Concluiu que
Certamente
Evidentemente
Inegavelmente
Invariavelmente
Inevitavelmente
:
o inferno os outros são.
o inferno o outro é.
Frente ao espelho
Concluiu, não com um
talvez:
Ele era os vários outros,
o único outro de si mesmo, do seu eu.
E viu que tinha razão:
Seu inferno, seus
infernos eram seus eus, seu eu.
Esses eus, esse eu: era
ele, que sou eu.
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