III
... e, tatibitateando, ele se dirigiu à
criança, que, sozinha, estava concentrada e brincando seriamente num
imaginativo-fantasioso cenário hospitalar:
“Vem atí cum papai, bebê! Dá um úta, dá, dá! Vem athí
com o papai, biitinha! Gacinha! Qeidinha du papá!”
II
A criança, que noutras vidas fora,
entre outras ocuprofissões, psiquiatra, pensou em voz baixamente invisível:
“Hipóteses diagnósticas: Indícios de
Esquizofrenia? Problemas com linguagem?”
E apontou no imáginário prontuário:
“Encaminhar para psiquiatria e para
fonoaudiologia para investigação.”
I
Enquanto a criança fazia esses
procedimentos, a cria, com bocas-e-caras de choro-riso-choro, a tatibitatear
continuava:
“Buniteja, iindeza, fofuínha
dhi papá! Vem athí cum u papai, bebê gaxinha!
Vem athí papai, biitinha! Vem atí, vem, cojinha ma maaviósa! Qiancinha iinda! Qi
vontade di ti moidê, gotozura! Vem papá, pinxejinha, vem!”
O
Com muito medo, num
indubitável instintivo instinto de autodefesa e de preservação da vida planetária, a
criança, que ainda não sabia falar, gritou, a plenos pulmões:
“GRUPO
DE OITO! GRUPO DE OITO! GRUPO DE OITO!”
Baseado em factos
surreais.
Dedicado à MFRP.
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