nas cidades, urbes
no rural também
antenas se
atropelam,
te acotovelam,
nos interpelam
grandes antenas
antenas médias
antenas pequenas
de celular,
celulite, de te vê. de rádio, não mais.
todas antenadas
em silêncio
deblateram
invisíveis, suas potentes
línguas
levam, trazem
notícias, fofocas –
qual a diferença?
dinheiros, fotos
extrato do banco,
estrato de tomate
as antenas –
panotípicas
estão a tudo olhar
lá de cima
nada escapa ao olhar
da grande antena, da grande irmã Selétile
oniscientes, onipotentes,
onipresentes,
as antenas tudo
sentem, pressentem, tudo captam, tudo veem
antena
antenantes
antenados
antenudos
seus segredos mais
mentirosos cuspidos nos esgotos do feiz-sebuq – um buqado de feiçudos
mantenados em você
vi, giar é punir
fofosqueiros
imundos: uni-vos.
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