Na rua rola um churrasco, o dito
“churrasquinho de gato”, vendido por alguns reais numa ordinária esquina.
O cheiro provoca reações
involuntárias. Reminiscências. Sentimentos, sensações imprecisas,
indiscerníveis, imprecisáveis, impronunciáveis. Desejadas-indesejadas.
Indesejadamente desejáveis, comumente em partes, literalmente em partes.
Queirozmente, coisas indizíveis,
porém, algumas, em partes, nebulosa e confusamente quase dizíveis, porém,
divididas em partes que não se conectam. Algumas inlembráveis. Outras,
inolvidáveis, ainda que assim desejável. Memória rebelde, traiçoeira. Leva-me e
não traz de volta...
Traz sem pedir licença. Ausentes
presentes. Presentes ausentes. Ausências presentes, que se fazem sentir, ser
sentidas, independentemente dos sentidos. Indefiníveis.
Poesia das ausências. Poema dos
presentes não dados. Em tempo. Há tempo?
“Tempo bom”? talvez, não
necessariamente. Tempo é dissociável das circunstâncias?
“Que não volta nunca mais”? O
tempo, não, talvez. Aspectos de sensações, talvez, sim. Infelizmente, não
necessariamente as desejáveis.
Tim-Tim: do que foi de novo nada
será do jeito que já um dia se foi?
“Melhor dos tempos”? “Pior dos
tempos”? Uma Dicka?
Não há!
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