Julga[va]-se
com autoridade-autoritária para falar sobre miséria, fome e outras coisas de
pobre, pois, por uma semana, fora mendig@ nas ruas marilianas, implorando umas
moedinhas no trote universiotário, pra tomá umas burregas dispois.
Tivera
a oportunidade de se sentir protagonista principal do filma “Droga de Vida”.
Agora, já podia discursar, citando Carlos Marques, nas aulas de sociologia no
curso de Ciências Sociais.
Já
podia falar de e não mais apenas sobre fome, miséria, proletariado e
outras coisas interessantes e exóticas. Só se sentia ultrajad@, ofendid@ etc.
quando, em sala de aula ou nos corredores, alguéns, ao por el@ passar, cantava
Tom Zé: “Classe operária”.
A
única coisa que ainda o incomodava é que ainda não conseguia perceber a
diferença entre uma Carteira de Trabalho e Previdência Social e um Passaporte.
Este, (re)conhecia desde tenra idade; daquela, evita chegar perto, pois tem
alergia a coisas inerentes ao lumpem
proletariado.
Até
acha glamouroso bancar o franciscan@-operári@ nas festas da fêfêcê, mas, como
no trote universiotário, apenas por algumas horas, e em caráter lúdico,
artístico. Pena que a Dízel não
fabrica macacão, botina bico-de-aço, óculos e capacete de operário. Já pensô?
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