Com olhos brilhosos, porém, sem brilho
lacrimejantes, todavia, sem lágrimas.
Com trejeitos de ansiedade, mas sem esperança.
A garrafa de pinga na mão direita, era o lubrificante da vida dura.
A faca enferrujada na mão esquerda, a garantia da continuidade da vida
bruta.
[não que fizesse questão de continuar, era só uma reação
instintiva-vital.
Anunonu ucarái! Pra ela, segundo ela, era tudo igual. Os dias
repetiam-se, as semanas se repetiam, os meses eram repetidos, os anos, há anos,
se repetiram.
Não tinha fé, ódio, rancor, alegria, tristeza, nem esperança. Só sentia
fome, que com[o] lixo matava, e sede, que com a cacha saceava. Não queria
conversa com ninguém, nem caridade, compaixão etc.
Por que, então, conversara comigo?
Queria ter certeza de que eu não era um filho dela que ela já desistira,
há muito, de encontrar.
Então [,] tinha ela alguma esperança?
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