Ela tinha serias
preocupações com o processo formativo.
Dizia, com base em
dados históricos e observações, que a formação estava muito precária, porque se
adotava o modelo disciplinar.
Acreditava que o
modelo disciplinar era pobre, empobrecido, empobrecedor.
Há tempos já estava
em curso o debate sobre a interdisciplinaridade, que configurava, teoricamente,
estágio evolutivo superior em relação à multidisciplinaridade.
Interdisciplinaridade
para ela, seria um avanço em relação à disciplinaridade, a seu ver, ainda
hegemônica. Porém, Interdisciplinaridade já estava também ultrapassada, até
porque as coisas evoluíram... Ou, como diz ela, ‘as coisas sempre evoluem pra
melhor’.
Disciplinaridade.
Multidisciplinaridade.
Interdisciplinaridade.
Transdisciplinaridade.
Transdisciplinaridade
é, para ela, a saída, a rezsolução de-fi-ni-ti-va do dilema.
Algo precisava ser
feito. E urgente. Algo que fosse efetivo. Prático! Algo que efetivamente contribuísse
para o abandono da prática disciplinar.
Com ela não tinha esse
negócio de muito ‘blablablá’ nem de muito ‘nhenhenhê’. Era muito prática. De
ação. E se orgulhava muito disso. Apresentava, em entrevistas de RH, essa
característica como seu único defeito.
Como detestava
delongas, deu um golpe de departamento e criou, por decisão unipessoal, uma
disciplina ‘optatória’:
“Transdisciplinaridade”
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