E, ao virar a esquina, começou a ouvir alguém que
cantarolava enquanto varria a calçada:
“... Mas a vitória
nunca, nunca vem... Não, não, não, não, não vem...”
A cantoria é interrompida. O cantante interage com a vizinha,
que reclama da vida, e
responde com clássicos des_aforismos:
“Cada um planta o que colhe”. “Deus dá o frio conforme o
cobertor”. “A cruz que Deus nos entrega é proporcional a nossas obras”. “Nem
mais, nem menos, Deus dá a cada um o que merece!”
A vizinha vaza. O cantante retoma a cantoria:
“... Então você pergunta a Deus por quê? O que eu fiz Senhor
pra não, não merecer?”
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