Paul Lafargue versou sobre o “direito à
preguiça”.
Muit@s versam sobre o dever de trabalhar.
Outr@s versam sobre o direito ao
trabalho.
Algoutr@s versam sobre o direito à
felicidade.
Muit@s versam sobre a obrigação de ser
feliz.
Nestes versos, verso sobre o direito à
tristeza:
Se não de ser triste, ao menos de se
estar triste,
Sem alguém a me cobrar um sorriso – ainda
que falsário – no rosto
Ou a me inquirir sobre os motivos de
minha não-felicidade.
Não quero ter direito a ser um ser
triste.
Nem mesmo o dever de um ser feliz ser.
Quero o direito de estar feliz, quando for para está-lo
E de triste star, quando conveniente fô-lo.
Pelo inalienável direito de ser_estar o
que eu não es_tiver_for.
[quem garante que
“é melhor ser alegre que ser triste”?]
Nenhum comentário:
Postar um comentário