As
pessoas sentem
sentem
muito: muito tudo.
muito
medo: muito mesmo
mas,
não é só medo.
é
medo e ódio: é ódio e medo: meio-ódio, meio-medo, meio-dia, todo dia
é
medo-ódio: é ódio-medo
Num
olhar, medo. Noutrolhar: ódio.
Naum
olhar proutrolhar. Pra se não se ver-se o que se-quer-se negar.
Há
medo. Muito medo. Há ódio. Muito ódio.
Ta
na promoção: um leva [a]o outro. Outro leva [a] um.
Josuka
di Castro há_via dizido qe metade du mundo fome passa e, metade outra, com medo
daquela metade, dorme não.
Coisadensô.
Parece que agora o medo não mais é só de uma metade em relação à outra.
Não
só medo, mas mais ódio.
Já
não dá pra dissimular. Já não precisa simular: o medo, o ódio, nas íris iradas.
Olhar
ou não olhar: já não mais faz diferença, pois é um não-olhar.
Não
olhe, não escute, não pare. Passe por cima. Se não cê perde-se [n]o trem. O
trem te pega.
Omêdagora
é geral. As metades tem medo uma das outras. E mais: medo tem de si mesmas.
Por
isso, evitam o espelho, porque mostra a crurrealidade que surreal não é. O photoshopping
é melhor.
Alteridade
alterada. Identidades idêntica.
Medo
transformado em charme; ódio, em glamour, consubstanciados, transubstanciados
num jeito sexy de ter: medo-ódio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário