Vamu brincá?
Di quê?
Du quê?
Ah!, de algo legal, instigante, emocionante, interessante!
Ah!, intaum vamu!
Mas, di quê?
Sei lá... di quarqué coisa!
Di puliça i ladrão!
Ah não! Isso é muito chato!
Já sei! Eu quero ser profi universitári@! Revolucionári@!
Eu quero ser otári@!
I eu, ieu queru sê revolucionári@!
Di direita ou di isquerda?
Ambidestro ou centro-direita.
Eu, eu quero ser, pelo menos uma vez na vida, nem que seja
de brincadeirinha, quero ser um... proletário!
Ah! Si é qui é assim, quero ser um lumpem! Si ferrôo! Si
ferrôo!
Bom, eu quero ser escritor. Revolucionário. Quero ser o
Brecht do banheiro da Forgados, Fumeiros e Cheiradores.
Tá, mas de que vamos brincar? Alguém tem um megafone? E um
botton do Che? Ou do Mao? Não? Então pode ser do mal, não tem problema.
PASSOS. RÁPIDOS. DE CHINEL@S ÀBAIANAS. DE REPENTE, MAS MAIS
QUE DERREPENTE, NO REPENTE, APARECE AQUELE MOLEQUINHO QUE HAVIA GRITADO, EM
PLENO DESFILE, QUE O “REI ESTá[VA] NU”:
Já sei! Vamus brincar de revolução!
Eu sou o Marx!
Eu sou a Rosa Luxemburgo!
Eu sou o Che! Eu sou o Lenin!
Eu sou a...tivista do movimento estático
dinâmico-estrático-estratigráfico da sociedade fragmentada.
Onde a gente vai brincá?
Psiu! Atenção! As paredes têm aparelhos auditivos.
(NINGUÉM PODE SABER: cochichos na Conchinchina)
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