Não
era da área. Mas achou o but interessante.
But
com cara de but, memo. But de verdade. Porque tem but que num tem cara de but.
Pode ter cara de lanchonete, de farmácia, de padaria, de oficina, até memo de
igreja, mas, de but, não.
Tem
oficina mecânica que tem mais cara de but que muitos but.
Mas
aquele but tinha cara de but. Balcão de vidro. Bancos altos. De madeira.
Baleiro da antiga. Brasão de uma muca de time. Potes de conserva. Salsicha,
ovodicodorna, cebola, pepino, pimenta, batata. E até um banco de madeira, pro
lado de fora, na sombra.
Fatal:
uma da mais barata. Sentado no banco de madeira, gelando a guela, olhano a
paisagem. De boa. De tão doce, a brotoeja tava de margá. Um minduka é de lei.
Tudo
na pazsante, té que um rosto não-familiar, nem um pouco amigável, postou-se do
outro lado da rua e começou a olhar com expressão tretável.
Qual
seria a do tipo? Ou qual não seria?
Emboreira
vai. Emboreira vem.
O
cara levantou. Travessô a rua. Resoluto. De encontro. Treta? Não. O cara só
queria o que lhe era de direito. Eu tava sentado bem embaixo do vitraux do
banhero, onde tava mocozada a ferramenta de trabalho do truto. Tava atrasando o
lado do cara. O cara era pedrero. Só que, em vez de colher, usava cachimbo.
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