domingo, 16 de novembro de 2014

biq

Faleceu hoje, nesta data, nesta hora, mais uma caneta esferográfica, companheira fiel e pau pra toda obra. Como AK-47, escreveu muito sob água, em meio a terra, sob o calor do alfasto derretente, no mormaço não-smithiano, sobre coisas as mais esdruxulas impossíveis. Quantas coisas! Quantos segredos! Missa de corpo presente, decúbito ladal, foi-se pro cemitério das canetas, lançada ao degredo:

Aqui jazz uma bicosa B – G – 10.
Azevedianamente
Não foi poeta, não amou, não sonhou na vida.
Mas ajudou a fazê-lo.

Lambanças do vi_ver.

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