quinta-feira, 29 de maio de 2014

vicon

de vez em quando penso
muito pouco bastante
sobre
a vida
o viver
à oconclusão que sempre aconchego:
não sei conviver
com a vida

com o viver

peldão

in_tolerância
in_a.ceitação

olho por olho
dente por dente
jogo de forças
soma zero negativo
menos com menos dá mais menos ainda

relativismizar
anti-relativismar
anti anti-relativismizar
eis a não questão

olho por dentre
dentro por olhe

in_tolerância
in_a.ceitação

tolerare, tolerare, tolerare
h_ora et e_labora

intolerância em latim é mais chique

ticabina

I
apocalítico
apolítico, crê-se
acrítico, isso nega

II
A
simplesmente
pocalítico
sem sabê-lo
é
menos religioso
que político

III
tristões nuevos
novos cruzados
cruzados novos
tristões primevos
quanta diferença
faz a falta da história

IVI

perdoai, pois não sabem o que [não] fazem

uman

HUMAN@:
SER OU ESTAR?
EM QUE CONDIÇÕES?
POR QUANTO TEMPO?
EIS SÓ ALGUMAS [DAS] QUESTÕES.
HUMANIDADES: ESTADOS [IM]POSSÍVEIS
CONFORME AS CIRCUNSTÂNCIAS

:@NAMUH

nimas

aço
açoite
correntes
elos
elãs
feixe éclair
fecho eclético
fascio nazal
cinta_liga
sinta
cadeia produtiva da incultura
imparidades díspares
ferro fundido
não pega marcha
human@ turrão

não pega solda

protemeu

Deixo meus poucos livros
pra Gnoma
Meus péssimos poemas?,
pro_lixo_s, joguem
Meus muitos problemas?
Ah! são problemas seus, meu!
Ah!, não?
Ah!, então são problemas meus, seu


mierda!

aifi

Diagnosticado: hipertensão hipertensiva hiperperigosa. Ficara hipertenso, hiperpreocupado, hiperpensativo: o que faria com todo o patrimônio acumulado? Hiperdeprimido. Hiperdown. Hipersub. Hiperunder.  Foi no livro ao quadrado buscar resposta; quem sabe de lá sairia a saída? Resposta: dar tudo aos pobres! Nenha Pauju Venal! Vazô. Tensões. Tenções. De re_voltar hiperatrás e hipertudo de hipernovo hiperhacer: hipernada!

asuçar

pelo direito de se ser o ser que se quiser ser
estar
sem ter o dever de necessariamente imistar
superstar

auto_superação – altas_super_ações
super_ô
super_á

autênticos mimetismos

mimetismo autêntico

umanimaul

como se não bastasse fazerem [de] deuses
às próprias imagens e semelhança
agora são cachorros, gatas, rat@s
humanibestializadus:

‘não é uma gracinha????!!!!’

sobre deus@s-human@s-mamífer@s
e suas aberrações
human@s!

human@s: humanos são
mas, sãos?
sanidade? que qué isso cumpanhero?
nada do que humano lhe é estranho me pode pare_ser!
mas, ...
‘não é uma gracinha????!!!!’
cachorros de colete de policial, camiseta de MMA, coleira do KISS
cachorras de sandálias salto alto, bolsa e xuxinha?


ü just do entes? ®

pota

prum ponto de exclamação ser tornado um ponto de exclamação,
basta enretar a extremidade superior
para o inverso, é só vice-versar
se se tirar a parte superior de ambos
fica só a base
ponto final




um risco vertical sob
vira

i

domingo, 25 de maio de 2014

pequeci

para
pequenos cidadãos
pequena cidadania
uma cidadania di menor

cidadanias!

lerma

merla
marmerlada
merlô?
melô?
merda!
melô da merla, marcha fúnebre da vida
tuim tuim
tulu lululu lululu

tu tu tu tu

raps

respostas
bem dez
da hora
massa
bem dadas
dados
dardos
al auvo
pergunta certa
resposta errada
conclusões mediadas

e, qui vocadas!

amoechá

Quatro dias seguidos de chuva! “ninguém merece!!!”
A tarozeira dissera que três era um número mágico, afinal, ao terceiro dia... O atestado médico expirara..., afinal, não dava ibope aparecer no trampo com a cara que deus {me livre} deu.
Chuva no sabadão, quando iria a um casamento de gentes chiquérricas e precisava abafarrasar para no face se empostar?
Paciência tem limite! Até o limitado limite limite tem! Mesmo sendo de_vota de seo pedro, tava quase `maldiçoando seo deus e morrendo. perdão, pedrão, mas, assim não dá!
Mas..., ficou entre enjozar e paschoalizar.
Afinal, a culpa não era de seo Pedro, gerente do setor de chuvas, nem de seo deus, patrão de seo pedro.
A culpa era d@s human@s, ridículas e limitadérrimos, que não inventaram, ainda?, uma chapinha com colete a prova d’água.
Afinal, gosta de se sentir naturalmente natural, naturalmente, nada mais natural!
‘Quem é que não gosta? Todo mundo gosta!’
Nada mais natural...
Numa sexta-feira chuvosa
Pruma Sexta-feira raivosa!
Que viesse logo o arco-iris, o eterno garantidor da sua sempre pre_tensa paz com zeus, até que uma chapinha antiaquática fosse inventada.

Afinal, não seria o most uma chapinha que ficasse chapada na praia, na rua, na chuva, na fazenda ou numa piscina de sapé?!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

perímedo

Na perifa a estética do medo
a cor do luto
acordo mútuo
de lágrimas derramadas
um oceano
pacífico - indício
de sangue derramado
um mar vermelho
periferia
,centro,
da violência alheia
área lindeira
limite de perímetro sem parâmetro
vida e morte, gato e rato

como sombra, assombração e assombrado.

hopi

hoje perdi uns escritos meus
foi como perder uma trezena de filhas
filhos?, não
tudo bem que os escritos, como sempre, eram pessimíssimos
mas eram meus escritos
como os próprios filhos próprios, por mais bandidos que sejam, são filhos
os melhores do mundo, mesmo sendo os piores dos piores

hoje perdi uns escritos meus
foi como perder uma trezena de filhas

mas, como é perder um filha, se filho nunca perdi?
sei lá
sabe-se lá
no dia-há-dia da vida
quantas palavras, frases, falas repetidas, irrefletidas
chavões de(i)xavados cotidianos
frases d’efeitos
com efeito, meras repetições

mas
hoje perdi uns escritos meus
foi como perder uma trezena de filhas

não gosto de perder nada
especialmente coisas que não quero perder

recuso-me a ser mais um looser
como você – cru, mal passada, mal nascida, mal morrida, sem sal – como você
antropofagia biopsicocanibal
na impossibilidade de não sê-lo, não quero ser um looser qualquer
quero ser um looser que transforma
perdas em ganhos,
prejuízos em loucos
normais em estranhos – mesmo entre as (im)próprias entranhas
um looser hopper

um hopper looser

lual

human@s cada vez mais frequentes,
à Lua,
dizem
São Jorge, que tonto não é,
vazou,
dizem
não quer contaminar a sua espada
nem tê-la roubada

dizem

amama

Ama
Amar
Amará
Amarra
Amarras
Amarrarás

teu próxima como a ti mesma

distante também
cais do porto
desporto
deporto
deposto
caos

                                         
deposição
de_composição

Adeus. Asarmas. Crasenão.
Highways da vida.

Amem
Amém

Amarrarás
Amarras
Amarra
Amará
Amar
Ama


valo

Humano louco é mandado pro hospício
vaca loca, pra cova.
lógica loca?
louca lógica, não?
Sim?
Humanização da natureza

atestado de óbito coletivo

naol

não olhe, não olhe
não seja impertinente
não olhe, não olhe
não
,
seja indiferente
quê olhar?
comolhar?

que olhar!

tratus

Tratado sobre a tolerância

Voltaire daria meia-volta
ou voltinteira?
Ah, sei! tá são!

Acharia a inquisição brincadeira de devotos.
Rasgaria o primeiro
e escreveria:


Tratado sobre a intolerância.

exotos

numa quase sociabilidade quase bandida
para
quase todo mundo
mundo todo quase
é mais que quase bandido


velas pra San Hobbes

sotem

No terminal de passageiros
– carga viva, transbordos:
embarques, desembarques.

molecada sai da escola
molecada vai pra escola
seres
sonhadores, sonhantes, sonhâmbulas,
sonhos idílicos
têm
querem ter
querem ser gerentes
das multitransnacionais
do tráfico
do tráfego
da própria vida.
A concorrência é forte:
driblar cotidianamente a própria morte.

Polo quente a Zona Norte.

mimus

Óculos tipo Chips
Cabelos tipo Abba
Mascando chiclé
Fumando Malburro
acha-se original.
e que, com certeza, apavora, arrepia
coisetal
Ao som de disco music dance
tinha certeza de que causava...
SHOW BUSINES
a. C. d. C
o que de novo há
sob o céu? a lua? sobre a terra? - tratadus
eclesiastes ecléticos
pensando ser solo
sem perceber estar
num grande coral
submerso numa individualidade

homogenericamente mimetigual

tuda

Tudo o que é verdadeiro,
Tudo o que é respeitável,
Tudo o que é justo,
Tudo o que é puro,
Tudo o que é amável,
Tudo o que é de boa fama,
Se-desmancha – esvai-se-desvanece no ar
            – mais um campeão de audiência
tornando=se

seu invés

lotus

Entregue o corpo aos vermes que o frio cadáver devorarão [um salve ao Machadão], não mais há o que fazer.
No portal do cemitério, a família reunida. Olhares perdidos, desolados. Choros, soluços e silêncios misturados.
Em dias chuvosos parece que a dor do luto, da morte que luta e vence a vida, é mais dolorosa, é mais doida, mais doída, mais dorida. Dolores. Das Dores.
As lágrimas são consoladas pela chuva que, assim, extermina a prova da dor, que não se sente, mas é sentida.

Olhar pra baixo é a melhor forma de não encarar o lema móbido-vital, letalmente fatal: ‘resquiece in paz’, pois um dia chegará sua vez. Noutras palavras, ‘nós que aqui estamos por vós esperamos’

alal

Vista aéra da alphavella:
várias casas milimétricas por nanomilímetro quadrado

Vista aéra de Alphaville:
vários Kilômetros quadrados para casas megakilométricas

simetrias
há simetrias
assimétricas
ah! simetrias
estrias sociais
celulites que nem a lona esconde

Vista aéra
área vista

Área à vista!

Palavras

Todos: universalidade afirmante
Nenhum: universalidade negante
Algo em particular?
Não não:
Sem vírgula, sim
Palavras: sãs, sós, palavras
Parláveis. Palatáveis

Palavras

Lavras
Larvas
Manipulações verbais: no fim, el verbo

rágico.

temho

Por ventura, Ventura
o ‘homem do tempo’
sabe o tempo do homem?

Por Ventura, ventura!

minomas

minorias:
sozinhas
só(s)
minoria(s)
juntas,
maioria(s)
de uma
majoria
?
maioriaá
?

minotaurus – maio_rals

senva

qual o sentido de viver a vida
quando à própria vida do viver
já não mais é possível sentido atribuir
quando a serena paz da vida virou uma torturante atribulação
quando já não mais esperança há de saída
e quando já não mais se suporta ver, ouvir, cheirar, tocar, sentir
aquela insuportável sala de espera?


desesperando godot

leica

condenado és
por negro ser
e negroscendo
enegrescer
uma sociedade hiper_hipócrita
racista_super
que a tod@s quer embranquescer
e ainda diz
que tod@s são filhos de Deus
mas uns mais filhos que outros
perante a lei, iguais
lei do cão
lei de cã
descendência que descende

sem: chances
ascendência que ascende

ledo engano

se-acreditou

lacri

Se reunidas

quantas lágrimas
derramadas
a caminho
dentro
de um cemitério?

quantas contidas, contadas?
contas... quantas? quantas são?

qualidade? intenções?

julgamentos subjetivos não são objetivos.

texma

Colocar pingo no Y
Pra quem sabe in_de_duzir
um pingo pode ser
1 i
ou só 1... pingo
W é 2 x V
ou West

por causa de linguarudos que gostam de aumentar histórias
transformação de glórias in_glórias

quem contuncontu aumentunpontu ettifazditontu

o tamanho do T tomou outra co_notação

Noutra,
tao de Frãxico de Há Çis


T  t  T

sodil

Na Zona Norte
sonhos têm que andar com colete
pois toda hora prova balas
de todos os lados
sabores
ângulos
cores
odores
texturas
E, nem sempre dá tempo de acabar
o text
o testament
de sonhar

Pô, o sonho era real? o sonho acabô!


é (d)o bandido? era (d)a polícia?

‘quem é o marginal? quem é a lei?’

atud

Tomatitude
cadê l’atitude

thanalongitude

mafu

‘Matou a família e foi ao cinema’.
Depois, foi à escola.
Sendo parte da família, se-suicidou-se.
Breve nos cinemas:
Matou a família, cometeu suicídio e foi ao cinema assistir à própria história.
Em um breve mais demoradinho:

Matou a família e foi à igreja – o alto do familicida.

milha

‘A familha é sagrada.’
“Sagrada família”!
Até a familha do Hateu?
Sim,
Não,
Graças adeus!

Adeus Graça!

cedou

ela?
ela se achava
achava-se um doce
o doce do doce
eu?
eu
a_h_!
estranhava
tudo a_kilo:
se assim era, por que formigas e abelhas a_evitavam-na?
doce demais pra diabóticos?
doce
de_qualidade
relativa:

sal invertido açúcar é?