quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

domingo, 4 de dezembro de 2011

sábado, 3 de dezembro de 2011

sim za


soneto escrito a lápis
poema a caneta
esvai-se a tinta em
poesia, ah sangue
em tudo
a cinzas

ordem dá cruz


Ordem
Ordem
que se aja, que haja
É importante (se_não imprescindível)

Manter – ou criar? – a ordem.
há ordem?
às [suas] ordens!
que ordem? Protestas-Católicas?
Se_não a sociedade [entre quem e quem?]
vira só-ciedade. Caótica.
isso é bomaul?
a partir de que óticas?

Ordem
Ordem
que se aja, que haja
para que sejam
revogadas
descumpridas
ignoradas
azordens
açuazordens,
ordenança!



fisio lógicas


mijando, aflito
arrotando, escondido
respirando, baixinho
cagando, reflito
andando [mui rápido]
evito
ser
inter_pelado
por seres
indesejados
que me querem
desnudar
com perguntas [nascidas em Creta]
Cretenses? Cretinas?
inoportunas.
simplesnãomente.

desejos


Fatal não é mortal.
é inevitável, o inexorável.
A morte é certa, mente
[tem razão?]
logo, fatal.
A[h!] vida, fatídica,
isto é
[,de]
fato?.,
a morte nunca
à porta bate
no momento em que
você a deseja.
nunca [.] é sempre assim.
DESEJOS

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

mata-burr@


Portal da biblioteca: pi pi pi.

- Senhora, por favor, retorne e passe novamente...

pi pi pi

- Senhora, o sistema [e quem o sistema é?] acusa o porte de um livro não desencoisado.

- Mas não estou portando nada.

- Senhora, aqui não vale o in dúbio pro réu. Ao invés, aqui vale o in dúbio, pau no réu.

Ficou nu...

Passou de novo...

pi pi pi pi pi pi PI PI PI

Lera com tanto afinco, que conseguira até captar o ativador do mata-burr@ eletrônico da biblio.

para Fred, pára de brincar de ir embora


meu cão foi embora
no retorno para casa
só encontrarei o vazio
não haverá mais
um bom dia
um abraço
um pulo no peito
um beijo
um aperto de mão. ou de pata
não haverá mais
nem menos... amor
só menos
somenos
apenas um vazio
uma foto
uma roupa
um rabisco
uma saudade cheiamente agravada pelo vazio
já não há algo concreto
sequer um latido
um rosnado
um abanar de rabo (dizem que “o sorriso do cachorro ta no rabo”!)
palpável
visível
apenas chorável
apenas o silêncio: a gritar
e os recipientes
de ração – que ficou por comer
e de água – ou de lágrimas?
agora, apenas objetos decorativos
a denunciar a presença na/da ausência:
de FRED, o cãomarada!


homenagem singela ao seu cão.

por tal da bilblioteca


No portal da biblioteca,

dantescamente:

deixai, oh vós que saís, toda a desesperança.

dialética mente


Marx acertou e errou.
há duas classes
uma classe com classe
uma classe sem classe
respectivamente
classe para si
classe em si
riqeza
pobreza
dialética mente
marx marcou
?

celeridade


Gostava de ver celebridades.

onde fosse, onde fossem

ia

pagava caro, na realidade, um barato

tirava fotos e orkutava, facebookava

gritava seus nomes, acenava

com isso, pensava?, gritava seu próprio nome

ver celebridades a fazia sentir celebridade

célebre

celebrada

cerebrada

ainda que celeremente.

Sempre tivera dúvidas

: o cérebro é (in)vertebrado?

: o encéfalo é um músculo liso? achava que não, pois, se fosse, não funcionaria sozinho?

: quem era ela?

pensando bem: uma celeridade. Em ascensão descendente.

gedeté


dizia ser ateu
mas adorava marcs
mais que deus [!]
pensava até em fazer um oratório e fundar uma igrejinha
só pra ricos, claro! só universitários! pessoas lindas, bonitas e inteligentes!
gente interessante! adorava ver gente!
a trindade: Marx, Engels e Lênin
haveria também anjos, arcanjos, serafins, querubins
embora fizesse o discurso contra a hierarquia social e a divisão social do trabalho
sonhava em ter uma empregada doméstica charmosa, linda, maravilhosa, mas que não colocasse em risco sua hegemonia sexual no lar-doce-lar
muito embora fosse como certos cristãozinhos letrados que nunca leram a bíblia
dizia-se marxista
mas estava, sem saber, em Hegel
ainda.
não gostava, porém,
de ouvir provocações:
como a de que um conceito é como uma cenoura amarrada à frente de um animal de tiro
apenas pode fazê-lo empenhar-se ainda mais para alcançá-la
porém, quanto mais corre, a cenoura evade-se em velocidade idêntica
falava de uma sociedade de iguais
sem exploração
sem comandantes (exceto a si)
sem comandados (exceto os demais)
sem hierarquia
sem alienação
sem
sem
cem
com
mas...
hora, no fundo, no fundo, no fundo...
queria mesmo é ser difergente
ser topo
ser elite dirigente
vanguarda iluminada
queria
deveria
deve continuar havendo pobres, miseráveis, comandados, marginalizados [marginais do Tietê] e
toda essa escoriazinha
se não,
haverá um senão:
como mostrar para a família (que terá orgulho em dizê-lo!)
como mostrar pros amigos da infância
como mostrar para ex (no plural)
afinal, como mostrar para o mundo:
sou superior! venci na vida!

Ahn? o quê? quanto à revolução?

Ah! ok! viva la revolución! garçon... uma coca-light-revolution e um bigmarx, please! Ahn? oh! gedeté, ouié! petí comitê! proletários do mundo, uni-vos! bem longe de mim, claro!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

isquemia


Memórias esquecidas



Esquecimentos memoráveis




Memórias


Memórias isquêmicas.

olhar velhecido


-- Como você está [ficando] velh@!!!


- Que nada! São seus olhos! Ou seus olhar?

natal


antecipemos a hipocrisiA



É quase fim do semestre.

Do ano.

É quase fim de tudo.

Até mesmo da sinceridade. Houve?

É quase natal. Tempo de amor.

Paz.

 Alegria. Abraços. Sorrisos.

Mesmo que meramente protocolares.

Sentimentos. Flor da pele.

Você ainda não entrou no clima?

Como não? É quase natal. Ouças os sons das harpas e violinos...

É tempo de perder toda e qualquer

forma de pudicícia. Em nome do amor.

Olhe para aquelas pessoas que durante o ano inteiro ...

Olhe para aquelas pessoas ... evitadas, detestadas.

Cuja morte ... ou quase é...

Pr’aquel@ docente que você esmerilhou...

Você ainda não entrou no clima?

Olhe para aquelas pessoas.

É... aquelas mesmas.

De agora.

Há pouco.

Há pouco tudo. Há pouco de tudo.

Há muito nada. Há pouco de nada.

Sim. Olhe para elas.

Sorria. Dê um abraço.

E fique cheirando [a]quele perfume que lhe causa náuseas.

Anuncia a aproximação indesejada.

Abra o coração. Não, mente, não. Abra um sorriso.

Abra a mão. Desfaça a guarda. Dê um aperto. No pescoço? ...

É quase natal.

Troque presentes. Dê uma flor quando sua vontade... é uma bomba.

Deseje “feliz natal e próspero ano novo”

quando deseja mesmo é a morte. Bem dolorosa.

Durante o abraço, pode fazer caretas.

Cuidado com terceir@s: únicos que podem ver!

Mas não deixe de participar do a-migo secreto.

Pena que pode tirar só uma.

Olhe para aquela ... aquela mesma pessoa.

Sorria. Respire fundo. Crie coragem! Coragem!

Use a retórica. A teatralidade. Você sabe como fazer.

Vai dizer que nunca fez?

Nada que um sorriso falso não resolva.

Em última instância, use o choro. Convence. Tod@s. Ou quase.

Se lhe faltar inspiração, se bater aquele remorso...

Lembre-se: é quase natal.

Vale quase tudo. Mas, no natal, vale tudo!

Até mesmo olhar – o olhar! – para aquela

É... aquela mesma pessoa e dizer:

-@ amig@ secret@ que eu... é uma pessoa...

Use o dicionário. Cuidado com os sinônimos.

Abuse dos antônimos.

Dá certo. Pode crer. Você sabe muito bem disso.

Você ainda resiste? Deixe de hipocrisia.

Só não vou te xingar por estarmos quase no natal.

Vamos lá! Vale tudo. Ou quase tudo. Só não vale a sinceridade.

Abuse da mediocridade.

Antecipemos a hipocrisia!

Ta bom... eu começo, vai...: te amo, amig@!

crápula


Crápula crapula.



Crápula, crápulas?

Fórceps vital


Fórceps



Tudo o que é forçado é à força.

Copular.

Sexuar.

Assexuar.

Conceber.

Parir.

Executar.

Ah!, o nascer... ser

Crescer... Ah! O ter

Chorar.

Comer.

Beber.

O sorrir!!!!!!!!!!!!!!!

Há_mar?

Semtir.

Com_viver.

Oh diar.

Trrrabalhar.

Há o morrer...

Enfim, viver.

Afinal, na vida, o que é espontâneo?

O que fazemos sem, de alguma forma,

anda que inconscientemente, sermos forçados

a fazer?



P.S. Isto foi escrito espontaneamente, num momento [há uma semana] em que eu estava sentindo a coação de tudo, a tudo, mesmo sem ver nada nem ninguém a me coagir. Sentindo-me coagido até mesmo a andar em minha própria companhia: dia&noite. Contrato social? O que é isso, cãopanheiro?



Fórceps. Eis o instrumento vital da vida.


mAEE


E_ _ _ _ _ E

A_ _ _ _A

D_ _ _ _ _A

C_ _ _ _A

K_ _ _Y

R_ _ _ _L

R_ _A

R_ _ _ _A

C_ _ _ _ _O

A_ _ _S

M_ _ _ _A


M_ _ _ _ _E

N_ _ _ _ _A

J_ _ _ _ _ _ _I

L_ _ _A

R_ _ _ _ _ _E

S_ _ _ _A

R_ _ _ _E

___________________________

AEE – DI 19/10/2011, numa dada hora, numa dada aula ilembrada.



Au zentas:

T_ _ _ _ _A
M_ _ _A

RUstatísticas


Algumas pessoas o taxavam e tachavam-no pirado, encanado, esclerosado e outros ados, sem contar os rótulos habituais aplicados a quase tod@s: reacionário, conservador, revisionista, reformista e outros istas.



Mas a pira não era essa. A pira era fogo. O treco era denso. Sempre encanava que estava sendo vigiado de perto. Não. Não era pelas naves espaciais da revolução supraintragalática. Não era pela Rádio Patrulha Ideológica.



Tinha certeza. Essa desconfiança era confiável. Não estava sendo vigiado pelo M-16, pelo AK-47 ou pelo AR-15. Estava sendo vigiado, de perto, pelo MRU. Não, não era o Movimento Revolucionário Unificado ou Universal, mas, sim, pelo Management of Restaurante Universitário – MRU.



O nono sentido não falharia. Sempre que coletava restos de carne das bandejas no RU para preparar as refeições para os cachorrantes, tinha a sensação de que estava sendo filmado. Quando servia as refeições, idem.



Um dia fora abordado por um burocrata, que lhe entregara uma intimação ou convocação para levar um lero com diversos superburocratas da comissão de sindicância, responsáveis pela boa administração do campus minadus.



Acusação: apropriar-se de restos de comida para autofavorecimento. Mas a própria filmagem invalidou esse argumento, pois não estava comendo a comida, mas, sim, servindo aos cachorrantes, que também não eram seus. Além disso, os latintes [ainda] não votam, nem mesmo para os colegiados da fefecê, o que excluiria a possibilidade de troca de comida por votos.



Conversa vai, conversa vem. Reuniões secretas. Testas franzidas. Cruzares de olhares. Conversas depédouvido. Queixos para as laterais. Queixos para cima e para baixo. Anotações.



Alteraram a acusação: desviar comida de seu destino final e determinado, o lixo, com a agravante de, com isso, fraudar dolosamente as estatísticas de desperdício de comida no RU. Tudo é passível de absolvição, exceto fraudar as estatísticas.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

rostos familiares


rostos familiares
nada familiais
andares automáticos
quase maquinais
gestos standarizados
falas guturais

Choque anafilático

Acidente vascular eletrocultural.

ser star

embrião: ser?
feto: ser?
criança: ser?
adolescente: ex-cêntrico ser?
jovem: cêntrico ser?
adulto: adoe: ser?
velho: em velho: ser?

Ser: é ou será?
Ser ou star?
Eis a quê estão.

põe-ma


Creio

Crio

Vida vazia

Correria

Não cria

Rima com poema

Poema sem poesia.

on de liber ti nos

Uma voz suave, quase sedutora, com um q de sensual:
– “Próxima estação, Liberdade”
Não pensou duas vezes.
Era isso que procurava.
Foi o primeiro a descer.
Procurou. Procurou. Procurou.
Tudo o que encontrou foi uma placa:
“Liberdade”
, indicando que, se estivera, ela não mais estava ali.

sê-lo


A própria não-coerção é decorrência de coação-coercitiva?

A própria espontaneidade é inespontânea?

O que efetivamente é sem não-ser ou não é sem sê-lo?

estranha


Estranha
estranhada
estranhecida
estranhante
estranhuda
estranhável
Estranha.

Estranha_mente ex-tragna.

De tão estranha
chega mais-que-quase
a ser normal
mente um ser comum.

Qestraño.

esquinas


Sorriso de canto de boca
Olhar de canto de olhos
Vida de_canto
Canta
De_canto
[s]quina
Decanto
Declina
De_canto
Em cada canto
Sem canto
Não hà esquina.

banheiro de rodoviária


Cagar? R$ 1, 50
Mijar? mesmo $
Peidar? ainda não foi regulamentado.

Mas, um dia ainda há de ser. Será?

cagar


Cagar? R$ 1, 50
Mijar? mesmo $
Peidar? ainda não foi regulamentado.

Mas, um dia ainda há de ser. Será?