fim do anO
ano findO
findo anO
sem começaR
felix amnus
nouvuS!
https://www.youtube.com/watch?v=7s0yAJA8AnA
https://www.youtube.com/watch?v=q16Rbtsr8o4
fim do anO
ano findO
findo anO
sem começaR
felix amnus
nouvuS!
https://www.youtube.com/watch?v=7s0yAJA8AnA
https://www.youtube.com/watch?v=q16Rbtsr8o4
no princípio era o verbo
o verbo era não
mentir
mas, isso era
no princípio
nova era
agora
o princípio é outro
outra é
a mentira é a própria vida
e
a própria vida, mentira
uma questão de princípios
meios-fins
sacra inverdade:
inverdade, inverdades vos digo...
no princípio
em princípio
a princípio
pós-verdades
Hoje, ao passar na frente de um ex-boteco, lembrei de uma
história. Da parte principal, não me lembro, apenas um irrelevante detalhe central
dessa história.
2006. Zona norte. Bar do Mosquito (que Baco, Dionísio e Afrodite
com ele sempre sejam!). Eu tomava cerveja com um desconhecido, que disse que
estava psicologicamente muito mal, vida muito louca, problemas vários etc. “Mó
treta”. Tudo o que ele queria naquele momento era não ter nascido. Tristeza total,
em gênero, número e graal.
Quando o relógio indicou uma hora determinada, ele despediu dos
demais bebentes, pois, para conseguir o pão do dia seguinte, precisava vestir a
farda de Papai Noel para, às oito em ponto, começar a animar e alegrar os
participantes de uma festa natalina.
Paradoxo paradoxal: num dia em que o protagonista não estava
suportando nem o próprio natal, tinha que animar um natal alheio.
Podres garotos ex-plikam
Aula de Ciências
da Natureza.
O professor
anuncia que discorrerá sobre plantas femininas, masculinas e hermafroditas.
Imediatamente
foi denunciado por
promover a
“ideologia de gênero”
e, por isso,
preso e
sentenciado a arder eternamente
no santíssimo
fogo
da santa neoinquisição
reformada,
ao angelical som
de Godoma e Somorra.
15/11/2021
.
Hoje, bem cedinho, um gato veio me visitar.
Magrelo.
Olhos verdes.
Gato preto.
Queria ele me dar um republicano salve?
SP-322 Norte.
Na placa, uma
seta indica:
“M. G. do Sul”
.
Mesmo sabendo do
significado,
aliás, seu
destino,
era inevitável que
sua pensante não lesse
Minas Gerais do Sul
.
Porteiro.
Sequer
analfabeto poderia considerado ser.
Não sabia ler
nem escrever.
Não sabia ler
letras, mas, carrascozianamente, sabia muito bem “ler pessoas”.
Na guarita,
onde ele labutava de segunda a segunda, de lua a sol, de sol a lua, havia uma placa
que ele não conseguia ler nem entender.
Sabia que
aquelas letras significavam algo, para pessoas que sabiam ler, mas ele não
sabia o que.
Achava bonitas algumas que via noutras placas,
com gotinhas, chapeuzinhos e pauzinhos pra lá e pra cá na parte superior.
Resolveu,
então, fazer uma intervenção para personalizar tal placa:
ENTRADA É SAÍDA.
Coerentemente,
Quis ser coerente:
Em tudo, com todus.
CVV 188 não deu
conta.
Foi pra outro
mundo.
ENQUANTO
TODOS ESTAVAM PREOCUPADOS COM A “SUA” DOENÇA FÍSICA,
ELA ESTAVA
NOUTRA METAFITA,
NOUTRA METAQUÍMICA,
ALÉM DA
LENDÁRIA LENDA
:
“ME CURAR DE
MIM”
Gostava de
máximas.
Achava as
máximas no mínimo o máximo.
Gostava muito
dessas duas:
“Ama teu
próximo como a ti mesmo.”
“Faça aos
outros aquilo que gostaria que fizessem para você.”
Suicida e
sado-masô que era, achou essas máximas no mínimo o máximo.
Sentiu-se contemplado,
teológica e filosoficamente.
“Ciências
sociais em tempos de crise: desafios, impactos e transformações na educação
Sobre
o evento
A
história das Ciências Sociais no Brasil se traduz numa intermitente luta, com
avanços e retrocessos, para incluir a Sociologia como disciplina obrigatória
nos currículos do ensino médio das escolas públicas brasileiras. A trajetória
histórica para a inserção da disciplina Sociologia na educação básica foi
permeada por muitas lutas e, hoje, em um cenário em que muitas das conquistas
políticas se perdem, a luta permanece no horizonte de sociólogos, educadores e
estudantes. Mato Grosso do Sul foi um dos pioneiros na introdução da disciplina
no ensino médio; desde 1999 a Sociologia está presente no currículo, questão
que colocou ao estado o desafio de pensar na formação docente para atuação na
área. Completamos, em 2021, 13 anos da inserção da Sociologia no ensino médio,
instituída pela Lei Federal 11.684 de 02 de junho de 2008.
No atual momento brasileiro, os profissionais
das Ciências Sociais são obrigados a reforçar a luta e redobrar a vigilância
diante da Resolução CNE/CP nº 02, de 22 de dezembro de 2017, que instituiu a
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que propõe novas orientações aos
currículos dos sistemas e redes de ensino das Unidades Federativas. Dentre as
preocupações relacionadas à sua implementação estão a fragmentação dos
currículos e a intenção de uma formação acelerada e técnica. O contexto de
pandemia trouxe outros desafios, com a implantação das atividades remotas e a
ampliação das tecnologias no ensino, tanto superior quando na educação básica.
Enquanto isso, no país acontece um processo de desvalorização dos temas caros à
Sociologia e dos profissionais dessa área.
Diante desse contexto, a despeito de várias
outras considerações relacionadas ao campo das Ciências Sociais, realizaremos o
evento conjunto do VI Encontro Estadual de Ciências Sociais de Mato Grosso do
Sul, o III Encontro de Professores de Sociologia do Ensino Básico de Mato
Grosso do Sul e a IV Semana Acadêmica de Ciências Sociais de Paranaiba entre os
dias 08 a 12 de novembro de 2021. Nosso objetivo é debater a produção
científica do ensino, da pesquisa e da extensão desenvolvidas nos cursos de Ciências
Sociais no Estado de Mato Grosso do Sul, patrocinar maior integração entre os
acadêmicos dos cursos de Ciências Sociais do Estado, promover a articulação
entre as instituições e profissionais de ensino superior e básico e discutir o
ensino de Sociologia na educação básica.
O desenvolvimento desses objetivos propicia um
encontro sistemático com os problemas que a vida social, em suas várias
dimensões, coloca como necessidade de apreciação. Colocados em debate, os
problemas geradores de pesquisas, de ações de extensão, e refletidos
cientificamente na atividade de ensino, consubstanciam uma busca coletiva da
comunidade científica em se encontrar com soluções para o momento crítica que
hoje circunscreve a vida em sociedade. Nos quase quinze anos de formação de
professores sociólogos, as universidades de Mato Grosso do Sul formaram
docentes que atuam nas mais diversas regiões do país. Somar as forças com essa
rede de profissionais nesse momento é crucial para avaliar o atual momento
histórico de crise, agravada pela pandemia. Para tanto, urge promover a
articulação entre as instituições de ensino superior e as escolas de educação
básica, expandindo a discussão para o ensino de Sociologia na educação básica.
Por isso, o VI Encontro Estadual de Ciências Sociais de Mato Grosso do Sul se
funde ao III Encontro de Professores de Sociologia do Ensino Básico de Mato
Grosso do Sul. Nesse contexto, esperamos nos encontrar no período de 08 a 12 de
novembro e convidamos docentes e discentes dos cursos de Licenciatura em
Ciências Sociais de Mato Grosso do Sul e demais interessados de outras regiões
do Brasil a apresentarem propostas de Simpósios Temáticos e minicursos.”
https://www.even3.com.br/csuems/
O distanciamento social de quase dois anos,
suporta com galhardia.
Mas, o insulamento virtual de algumas horas,
de apenas algumas horas,
quase por pouco não resultou em suicídio.
04.10.2021