sexta-feira, 5 de novembro de 2021

esza

 










Porteiro.

Sequer analfabeto poderia considerado ser.

Não sabia ler nem escrever.

Não sabia ler letras, mas, carrascozianamente, sabia muito bem “ler pessoas”.

Na guarita, onde ele labutava de segunda a segunda, de lua a sol, de sol a lua, havia uma placa que ele não conseguia ler nem entender.

Sabia que aquelas letras significavam algo, para pessoas que sabiam ler, mas ele não sabia o que.

 Achava bonitas algumas que via noutras placas, com gotinhas, chapeuzinhos e pauzinhos pra lá e pra cá na parte superior.

Resolveu, então, fazer uma intervenção para personalizar tal placa:

 

ENTRADA É SAÍDA.












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