sexta-feira, 25 de novembro de 2011

isquemia


Memórias esquecidas



Esquecimentos memoráveis




Memórias


Memórias isquêmicas.

olhar velhecido


-- Como você está [ficando] velh@!!!


- Que nada! São seus olhos! Ou seus olhar?

natal


antecipemos a hipocrisiA



É quase fim do semestre.

Do ano.

É quase fim de tudo.

Até mesmo da sinceridade. Houve?

É quase natal. Tempo de amor.

Paz.

 Alegria. Abraços. Sorrisos.

Mesmo que meramente protocolares.

Sentimentos. Flor da pele.

Você ainda não entrou no clima?

Como não? É quase natal. Ouças os sons das harpas e violinos...

É tempo de perder toda e qualquer

forma de pudicícia. Em nome do amor.

Olhe para aquelas pessoas que durante o ano inteiro ...

Olhe para aquelas pessoas ... evitadas, detestadas.

Cuja morte ... ou quase é...

Pr’aquel@ docente que você esmerilhou...

Você ainda não entrou no clima?

Olhe para aquelas pessoas.

É... aquelas mesmas.

De agora.

Há pouco.

Há pouco tudo. Há pouco de tudo.

Há muito nada. Há pouco de nada.

Sim. Olhe para elas.

Sorria. Dê um abraço.

E fique cheirando [a]quele perfume que lhe causa náuseas.

Anuncia a aproximação indesejada.

Abra o coração. Não, mente, não. Abra um sorriso.

Abra a mão. Desfaça a guarda. Dê um aperto. No pescoço? ...

É quase natal.

Troque presentes. Dê uma flor quando sua vontade... é uma bomba.

Deseje “feliz natal e próspero ano novo”

quando deseja mesmo é a morte. Bem dolorosa.

Durante o abraço, pode fazer caretas.

Cuidado com terceir@s: únicos que podem ver!

Mas não deixe de participar do a-migo secreto.

Pena que pode tirar só uma.

Olhe para aquela ... aquela mesma pessoa.

Sorria. Respire fundo. Crie coragem! Coragem!

Use a retórica. A teatralidade. Você sabe como fazer.

Vai dizer que nunca fez?

Nada que um sorriso falso não resolva.

Em última instância, use o choro. Convence. Tod@s. Ou quase.

Se lhe faltar inspiração, se bater aquele remorso...

Lembre-se: é quase natal.

Vale quase tudo. Mas, no natal, vale tudo!

Até mesmo olhar – o olhar! – para aquela

É... aquela mesma pessoa e dizer:

-@ amig@ secret@ que eu... é uma pessoa...

Use o dicionário. Cuidado com os sinônimos.

Abuse dos antônimos.

Dá certo. Pode crer. Você sabe muito bem disso.

Você ainda resiste? Deixe de hipocrisia.

Só não vou te xingar por estarmos quase no natal.

Vamos lá! Vale tudo. Ou quase tudo. Só não vale a sinceridade.

Abuse da mediocridade.

Antecipemos a hipocrisia!

Ta bom... eu começo, vai...: te amo, amig@!

crápula


Crápula crapula.



Crápula, crápulas?

Fórceps vital


Fórceps



Tudo o que é forçado é à força.

Copular.

Sexuar.

Assexuar.

Conceber.

Parir.

Executar.

Ah!, o nascer... ser

Crescer... Ah! O ter

Chorar.

Comer.

Beber.

O sorrir!!!!!!!!!!!!!!!

Há_mar?

Semtir.

Com_viver.

Oh diar.

Trrrabalhar.

Há o morrer...

Enfim, viver.

Afinal, na vida, o que é espontâneo?

O que fazemos sem, de alguma forma,

anda que inconscientemente, sermos forçados

a fazer?



P.S. Isto foi escrito espontaneamente, num momento [há uma semana] em que eu estava sentindo a coação de tudo, a tudo, mesmo sem ver nada nem ninguém a me coagir. Sentindo-me coagido até mesmo a andar em minha própria companhia: dia&noite. Contrato social? O que é isso, cãopanheiro?



Fórceps. Eis o instrumento vital da vida.


mAEE


E_ _ _ _ _ E

A_ _ _ _A

D_ _ _ _ _A

C_ _ _ _A

K_ _ _Y

R_ _ _ _L

R_ _A

R_ _ _ _A

C_ _ _ _ _O

A_ _ _S

M_ _ _ _A


M_ _ _ _ _E

N_ _ _ _ _A

J_ _ _ _ _ _ _I

L_ _ _A

R_ _ _ _ _ _E

S_ _ _ _A

R_ _ _ _E

___________________________

AEE – DI 19/10/2011, numa dada hora, numa dada aula ilembrada.



Au zentas:

T_ _ _ _ _A
M_ _ _A

RUstatísticas


Algumas pessoas o taxavam e tachavam-no pirado, encanado, esclerosado e outros ados, sem contar os rótulos habituais aplicados a quase tod@s: reacionário, conservador, revisionista, reformista e outros istas.



Mas a pira não era essa. A pira era fogo. O treco era denso. Sempre encanava que estava sendo vigiado de perto. Não. Não era pelas naves espaciais da revolução supraintragalática. Não era pela Rádio Patrulha Ideológica.



Tinha certeza. Essa desconfiança era confiável. Não estava sendo vigiado pelo M-16, pelo AK-47 ou pelo AR-15. Estava sendo vigiado, de perto, pelo MRU. Não, não era o Movimento Revolucionário Unificado ou Universal, mas, sim, pelo Management of Restaurante Universitário – MRU.



O nono sentido não falharia. Sempre que coletava restos de carne das bandejas no RU para preparar as refeições para os cachorrantes, tinha a sensação de que estava sendo filmado. Quando servia as refeições, idem.



Um dia fora abordado por um burocrata, que lhe entregara uma intimação ou convocação para levar um lero com diversos superburocratas da comissão de sindicância, responsáveis pela boa administração do campus minadus.



Acusação: apropriar-se de restos de comida para autofavorecimento. Mas a própria filmagem invalidou esse argumento, pois não estava comendo a comida, mas, sim, servindo aos cachorrantes, que também não eram seus. Além disso, os latintes [ainda] não votam, nem mesmo para os colegiados da fefecê, o que excluiria a possibilidade de troca de comida por votos.



Conversa vai, conversa vem. Reuniões secretas. Testas franzidas. Cruzares de olhares. Conversas depédouvido. Queixos para as laterais. Queixos para cima e para baixo. Anotações.



Alteraram a acusação: desviar comida de seu destino final e determinado, o lixo, com a agravante de, com isso, fraudar dolosamente as estatísticas de desperdício de comida no RU. Tudo é passível de absolvição, exceto fraudar as estatísticas.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

rostos familiares


rostos familiares
nada familiais
andares automáticos
quase maquinais
gestos standarizados
falas guturais

Choque anafilático

Acidente vascular eletrocultural.

ser star

embrião: ser?
feto: ser?
criança: ser?
adolescente: ex-cêntrico ser?
jovem: cêntrico ser?
adulto: adoe: ser?
velho: em velho: ser?

Ser: é ou será?
Ser ou star?
Eis a quê estão.

põe-ma


Creio

Crio

Vida vazia

Correria

Não cria

Rima com poema

Poema sem poesia.

on de liber ti nos

Uma voz suave, quase sedutora, com um q de sensual:
– “Próxima estação, Liberdade”
Não pensou duas vezes.
Era isso que procurava.
Foi o primeiro a descer.
Procurou. Procurou. Procurou.
Tudo o que encontrou foi uma placa:
“Liberdade”
, indicando que, se estivera, ela não mais estava ali.

sê-lo


A própria não-coerção é decorrência de coação-coercitiva?

A própria espontaneidade é inespontânea?

O que efetivamente é sem não-ser ou não é sem sê-lo?

estranha


Estranha
estranhada
estranhecida
estranhante
estranhuda
estranhável
Estranha.

Estranha_mente ex-tragna.

De tão estranha
chega mais-que-quase
a ser normal
mente um ser comum.

Qestraño.

esquinas


Sorriso de canto de boca
Olhar de canto de olhos
Vida de_canto
Canta
De_canto
[s]quina
Decanto
Declina
De_canto
Em cada canto
Sem canto
Não hà esquina.

banheiro de rodoviária


Cagar? R$ 1, 50
Mijar? mesmo $
Peidar? ainda não foi regulamentado.

Mas, um dia ainda há de ser. Será?

cagar


Cagar? R$ 1, 50
Mijar? mesmo $
Peidar? ainda não foi regulamentado.

Mas, um dia ainda há de ser. Será?

dormir


Dormir: deitado é proibido.
Dormir: de pé é tolerado.
            : Sentado, permitido.
              Fumar, não.

prego

prego na correia: ponte de safena de havaianas?

escripto


Se algum dia escrever um escrito
e esse escrito criticado não for,
necessário se faz perguntar
se por alguém lido foi?

república

Proaclamação dá Reipública XV de “november rain”.

imprensa livre


Graças à imprensa realmente livre
fico realmente sabendo de tudo
o que a imprensa livre
realmente julga que realmente devo saber.
Vivas à liberdade de imprensa.
Vivas à imprensa livre.
Como faço para realmente publicar isso na imprensa realmente livre?

conterrâneo


Ser moderno da modernidade.
Contemporãnio da pós-contemporaneidade.
Conterrãniu.

escola


Escola:
ex-cola
a[i]nda bem?
for mal?

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

lágrima


Baba

escapada

Lágrima

falada.

horal.

guarda chuva sino


Divagações acerca de um guarda chuva sino-paraguaio de R$ 1, 99:

Isso e nada

nada é pior.

bares dá vida


“Bar da Saudade”



pó crê:



Bar dá Saudade.

atitudinal


Atitudinal: atitude now.

dias z


dia zepã

dia fragma

dia bólicos

dias hás poras

dias



há dias

há dias que

há dias em que

não to a fim

nem afim ponto

lei de


Lady Ferro

Lady Terras

Lady Murphy

Lady Gerson

Lei de Dy


Lei de Gaga

qem


Quem pode

           phode



Quem não pode

                  phode-se.

xocolat


Chocolattes®

o xocolate dá

Kapess.

viver


Viver é como mijar em pé, num ônibus {cujo apoio para as mãos está sujo de merda} em alta velocidade, com desacelerações e acelerações bruscas e intermitentes, numa curva acentuada, numa pista esburacada. E se tem [por imposição própria e de terceiros] a obrigação de fazer com que o mijo caia no buraco (do sanitário).



Viver



Viver não é isso, mas,



É mais ou menos isso.



Viva!

universiotários e a dengue


Da Hold Nius.



Universiotários têm problemas com a SUCEMD – Superintendência de Controle de Endemias e De Mentes.

A polêmica decorre do fato de os universitários, em sua ampla maioria, auto-rotularem demente aberta (não confundir com mente abertamente). Haveria, assim, riscos à população, tanto pelo que pode emanar dessas mentes pretensamente abertas, como pelo risco de proliferação do mosquito da dengue.

Os universiotários, demente aberta, como se pretendem, disseram que não comentariam a notícia, mesmo porque, não apenas estão, como são, demente aberta.

Já a Adumdeng, via Relações Públicas, emitiu nota repudiando veementemente o que chamou de especulações. O que foi defendido, segundo a Adumdeng, por setores mais reacionários, ligados à (des)educação, foi o uso dos demente abertas para o tratamento de larvas que apresentassem desvio de comportamento.

Haveria um projeto – não oficialmente confirmado – do Jusdeng de usar os de mente aberta como local para aprisionamento e punição de condenados, mas a proposta vem enfrentando resistência até mesmo dos setores mais conservadores, por ser muito rigorosa a penalidade, indo de encontro com a Declaração Universal dos Direitos dos Dengos.

Já a Dengosa, Organização Neo-Governamental (ONG) que defende os direitos de cidadania das larvas e dos mosquitos, em nota oficial, garantiu que quaisquer propostas relacionadas aos demente aberta não poderiam ser efetivamente implantadas, dadas as questões éticas envolvidas. Poderiam, sim, ficar restritas aos debates acadêmicos, mas só aos debates, praxe desse setor.

As únicas possibilidades de uso dos demente aberta seria para executar condenados mosquitos à morte – o que é raro; cemitério e IML e, mesmo assim, colocando em risco a vida dos operadores, uma vez que, cientificamente comprovado pelos próprios humanos de mente aberta, no líquido cefalorraquidiano dos humanos demente aberta, não há condições de proliferação de seres vivos, apenas de cadáveres, fato para o qual alguns humanos, de mente aberta, já chamaram à atenção.



Colaboraram: @s colaborador@s.

uma na condição


Olhava para a cara das pessoas.



Que não eram caras.



Via nelas (nas caras das não-caras pessoas) a “condição humana”.



Não da Arendt. De Malraux.



Não tinha dúvidas de que a sensação era recíproca.



Recusava-se a admitir até mesmo a possibilidade hipotética de cogitação dessa possível possibilidade.



Mesmo sabendo ser a aparente realidade.



Uma na condição.

truailer


Andarilhos



nos trilhos do mundo



Andarilhas nas trilhas da vida



na rota do universo



em colisão com teus versos



tergiverso



confesso



naquele momento não quero estar por perto.

terra virgulada


Terra pra sem terra é terra pra todo mundo.



Quem disse



Cadê a(s) vírgula(s),



Ponto de interrogação

Ter_jeitos


Trejeitos



Quando, raramente, vejo algum programa de tevê, [re]penso o que já foi pensado e dito (e o que já não foi pensa_dito?): a vida imita a arte ou a arte imita a vida?



@s protagonistas da tevê imitam @s esxpectador@s ou est@s imitam @s protagonist@s (ou antagonistas?)?



Ou será que seriam certas bocas e caras algo universal?



Falares, olhares, cantares, gesticulares, coisares, enfim...



Ter_jeitos... ... ...

sonhos


Hoje eu não tive um sonho.

Faz muito tempo que não tenho sonhos.

Só, tenho pesadelos.

Na multidão.

T.A.S.


Árvore:

Flores. Frutas. Frutos. frut@s. Foto. Síntese.





Cachorro:

Abano de rabo. Calda. Rosnado. Tese. Antítese.





Humano:

Posse. Pose. Em síntese: foto.


suicídio


O suicídio é normal. Comum é quem se recusa.

terceirização


Terceirizad@s:

@s primeir@s a serem:

[mais]

xingad@s

ofendid@s

execrad@s

ignorad@s

humilhad@s

desprezad@s

punid@s

reclamad@s

explorad@s

eliminad@s

a regra número único é

Teceirizad@s

nunca tem razão. caso tenham, prevalece a primeirúnica regra.

Os uniformes diferentes

os traços biotipais

indicam, claramente, primeiramente

sua condição de subalternizad@s

não-pertencimento

de ser outr@, ou serja,

Terceirizad@

terceira pessoa

carne de terceira

uniformes, crachás, salários – rostos, braços, cabelos

condições de trabalho

de terceira

servem para lembrá-l@s

e também a outrens

seu não-lugar nas hierarquias, nos organogramas, nas preferências –

seu lugar nas preterências –

no plural ou no singular:

terceirizad@s

Eu, tu, el@

Nós, vós, el@s.



Nosotros, jamás!

so free dão


Com fesço que so free.

tem horas que


Tem horas que

Eu

Não to a fim de

Falar

Escutar

Conversar

Sorrir

Nem de chorar

Calar

Sequer de

Pensar

Respirar

[sobre]viver.

Tem horas que...


Há horas que estou assim

Que já sou assim

Você não percebeu?