quinta-feira, 31 de julho de 2014

gebraltar

pela última, talvez, vez – será? será que será?
a vistaéreapanorâmica
a partir das janelas 21 do 2º andar do universo Gebraltar

quanta coisa...

Pela “janela lateral” do quarto de dormir – o histórico “Bar da Paula”

Oriente (e eu que sempre imaginei que o Oriente fosse tão longe, talvez até mitológico!)

a casa dos então gatinhos, hoje, talvez, gatonas, já mães de famílias – “família, família”

os quintais das oficinas

a Igreja Santo Antônio, meu Deus!

e, o mais loco: o HEM! Tão perto, tão distante. Durante o dia, algumas janelas abertas e apagadas. Durante a noite, algumas janelas fechadas e acesas. Será que os loucos não são os normalizados-normais-normalizantes-normatlizadores? Seria o HEM a pós-pós-moderna “arca de Noé”, que só as bons salvará?

Bom, voltando ao ponto de partida para chegar ao ponto de chegada:

hoje, 31/7/2014, olhei
pela última, talvez, vez
a vistaéreapanorâmica
a partir das janelas 21 do 2º andar do universo Gebra
será? será que será?


bom, se for, se foi. Tá bom!! Foi-se.-rá? 

quarta-feira, 30 de julho de 2014

dhida

O dever de [se] estar sempre cansado
Só não o direito de [se] descansar
Direito
Deveres

A morte de ti perto chegar

dou

PIOR QUE A DOR DA DOR É A DOR DE SENTIR A DOR DE A DOR SENTIR
DOR DOIDA
DOR DOÍDA
DORDOLORIDA
METADORPHOSE
DOR QUE NÃO SE SENTE
A SI INSENSÍVEL
EM-SI-SÍVEL
MAS QUE SE FAZ SENTIR
QUASE NUNCA NA PRIMEIRA PESSOA
QUASE SEPRE DO SINGULAR

ÀS VEZES - NÓS

segunda-feira, 28 de julho de 2014

nadha

nada separa[rá]
o amor – que se-ama-se
os amores - que se amam
por causa do tudo
que o tudo uniu

outras coisas também talvez

tudo é sinônimo do nada
de nada
nada é antônimo do tudo
de tudo


muito
obrigado
muito
não
pouco
talvez


tal vez...

sábado, 26 de julho de 2014

geg

‘violência gera violência’ – canta Bezerra

‘gentileza gera gentileza’ – diz n/a camiseta

mas,

não gentileza não gera gentileza
ou
gera não-gentileza?


Pra ti ó mãe gentil

viage

A viatura passa. Os agentes a gente encarando: ‘bandidos’, dizpensam pelo olhar. Passa. Mais a frente: para.

Agentes descem. A gente assiste.

Com os pés abordam pessoas que dormem na calçada sobre papelões, como colchões, sob papelões, como cobertores.

Cidadania de papelão; papelão de cidadania.

Os manos – tidos e tratados como andarilhos, vagabundos, mendigos, pedintes, escória, lumpem, enfim, chagas sociais – não acordam.
Agentes intensificam o uso dos pés. A gente?

Bom, a gente – todas pessoas (auto)consideradas e (auto)apresentadas como ‘pessoas de bem’, que tá do lado do bem, com pitadas de judaísmo, cristianismo, weberianismo, marxismo e outros ingredientes –, a gente, todas comportadas, assistimos a tudo passivamente, com a consciência crítica bem guardada dentro da blindada caixa craniana.

Agentes dizem pra gente: “- Cidadões, isto é para segurança de vocês e deles mesmos!”
A gente foi até promovido! Há pouco fôramos olhados como bãdidos e agora somos chamados de “cidadões”.

A gente, cidadãos civilizados, domestificados, conformados, promovidos a ‘cidadões’, agimos como se estivéssemos num teatro de rua assistindo, pazscifivamente, a uma peça de inspiração káfka de esmagamento de baratas.

Cidadania de papelão, papelão de cidadania: coisa de outra dimenstões: nessa encenação a gente fomos até tratado como ‘cidadões’ pelos agentes.


Domingo, à noite, de barriguinha bem cheia e bem agasalhadinho, irei à cerimônia religiosa e, sem parcimônia, rezorarei por eles, os baratas. Na terceira segunda-feira do mês que vem, à noite, irei à reunião do partido e farei um discurso inflamado contra a pobreza e a violência ativa dos agentes e da violência passiva da gente. Na campanha do agasalho darei umas blusas descartáveis para eles. No natal juntarei umas moedinhas e darei um panetone para eles. Prometo tudo isso para mim mesmo; se eu não cumprir, só eu que ficareistou sabendo [Isso de até lá eu não sou um deles]. O ônibus para, abre a porta; entro com a consciência límpida e tranquila, digo bom dia para a motorista: bola pra frente. Antibrechtianamente: antes eles do que eu. Afinal, baratas sai caro!

rae

racismo
racionalismo
irracional
mente

rastceira

inin

incluso
,
logo
,
intruso

inclusão, logo, extrusão

?


einxcruzilhadas

docum

in_disciplina
rita_lina
con[s/c]erta
no kit de materiais didático
solução rápida
extremamente
eficaz prática
droga do comportamento
para a
droga de comportamento

na bolsa da família


país comportado é país medicado


?

salho

olhares
olhares podem influenciar
olhares
influentes – influenciadores – influenciados
fluxos dos olhares
quê pelos olhares dizes?
ou deixas de dizer?
como olhas?
como,  olhas?!


olhos olhares

sexta-feira, 25 de julho de 2014

dastu

condutas
condutas típicas
condutas atípicas
condutas
que tipicamente [me] conduzem
à
tipificação
ou à
atipificação
nisto ou naquilo

alheiatudo

fyado

perfis
personalizações individualizadas
perfilados
linha do tempo – da horizontalidade, a verticalitude
evolução a-histórica
dê quatro patas à dois pés
trocou-as, mãos,pelos, pés
cada uma hum ser
todos iguais
mas, estão faltandos um porém. apena um.
por_em? onde?

nus porus
húmus saquiens
nus perfis
não se veem_dem certas coisas
nem se dê_mostram

apenas o que se quer
se[r][de]mostrar

de­_monstro?
não! não tenho face
escondo-a, face
pra não assustar ninguém
nem há mim
nem há ti
apenas faces, de perfis, perfilados
conforme o perfil gabaritado
conforme o seu perfil

!

sosu

SO[M]BRANCELHAS,
PRETAS
MADEIXAS,
LOURAS
RAÍZES,
BRANCAS,
RADICAIS
NEGROS

SUPERCÍLIOS

quarta-feira, 23 de julho de 2014

sih

história própria
própria história
se não for
história imprópria
extórias

cheio de estórias
cheio da história
‘sente que lá vem’ ela:

ah!-istórica

macu

mãos cruzadas sobre o ventre
decúbito dorsal
um vertical na horizontal
pés juntos – sem jurar
olhos bem mais ou menos cerrados
sem_blante sereno
horizontalmente olhando verticalmente
human@ em estado de(s)equilíbrio
breve_mente em ex-tado de_composição - solo
mental
ou quase
total

em brusca busca da felicidade

rabú

O burocrata
analisa as lágrimas, os choros
a partir dos milímetros cúbicos
e a felicidade a partir
do número de toques no teclado
e do número de protocolo arquivístico
felicidade estatística
tristeza estática

dinâmica retilínea bipolaR

isei

- eu seio.
- eu sei!
- eu seio.
- é eu sei!
- é, eu seio que é eu sei. você prefere eu sei; eu, seio.


saber ou seiar: uma questão de pondo de vista. 

terça-feira, 22 de julho de 2014

paspa

ela vive
tel_a_viv
eles morrem
khem são eles?

o outro – o ímpio – inescolhido
nascido do pecado para matar e morto ser
ele são eles – o outro
os 13, pós décimo segundo

milésimos de segundos

em nome do pai
cruzadas paralelas – pares alelos

guerra santa? – santas guerras!
política laica

[laica não é nome humano pra cachorra {,} animal?]

soul da paz
embala um pacifismo belicoso, um belicoso pacifismo:
sou da paz

soul dá paz?

sou da paz : paz_men!
women – também!

telavive
telaqente
uns vivem para matar
outros vivem para mortos-ser

relações (des)necessárias

segunda-feira, 21 de julho de 2014

aiv

ELE TEM IDO
ELA ESTÁ INDO
AMB@S VÊM SENDO
AMB@S VÊM SIDO       s

há tempos


... ... ...

i'm

Ave Maria
É sagrada, é sagrado
às 18 horas
de todo santo dia
das alturas os falantes entoam
Ave Maria
É sagrado, é sagrada
Mas, me dá medo, me apavora, mentedia
É sagrada,
mas, Ave Maria!
ainda mais aos domingos
demarcadores temporais
acabou-se o dia

acho questou possuído
pelo tédio
tédio m’entedia


Ave Maria!

quarta-feira, 16 de julho de 2014

posil

na poesia, silêncio
no silêncio, h/a poesia
por isso
acordo, mas não digo boa noite
vou dormir e não digo bom dia
porque no poema, sem ores, não cabe barulho
mas, no barulho, sem oras, cabe poesia

poema
poesia
põe-se lenço nisso

haja silêncio
aja o silêncio
já

mas, um silêncio que grita, gritante

terça-feira, 15 de julho de 2014

nodi

noite
notívago sou
lua
lunático sou
estrelas
estelar sou
sol
sou fotofóbico

o dia me oprime, deprime, comprime

a noite, sublime

mano

tudo era a norma.
tudo à norma era.

como nos tempos da Excola Normal.  Modelo

nada de anormal
nada fora do modelo

normas, Norma,
por que me perseguem?

a Norma o que é de norma
à norma o que de Norma é

adeus ao que é normau

locan

cabeilos loingois
alongadois
longuistóiria
longavida
longarina eisteindida
supercíliois póis-tiçois

supernaturais

xisnoxis

inclusão no sis pen:
reeducação inclusiva
reinclusão
tipo festa junina:

xadrez

segunda-feira, 14 de julho de 2014

hata

                HÁ TEMPO QUE SINTO
                            SENTINDO
UMA SAUDADE ESTRANHA
UMA SAUDADEZINHA
UMA SAUDADE AINDA NÃO SENTIDA
                            NÃO SABIDA

HÁ TEMPO QUE SINTO
HÁ TEMPO QUE NÃO
TEM SENTIDO
ISSO?


                            HÁ TEMPOS

lepau

DEPOIS DA ‘LEI DA (não) PALMADA’, AÍ-CINCO EM ‘UM TAPINHA (não) DÓI’
LAY DUS BY XINHUS ®
EX TRUPA MAIS NUM MAITA

NEM BAITA

cerri

PARECER
PARA SER
PARE_CIDA
FALE_CIDO
PADE_CIDA
DE MIM_ESTISMO: QRONIQAGUDO

PARE_SER!
PASSE-A-SER

SER À SI MESM@

pexu

‘país das chuteiras’
pátria das toupeiras
bola quadrada
gentes, também

deu__bra_sileirus... ?.!

sábado, 5 de julho de 2014

gala

a lagartixa, popozuda, perdeu o rabo caudal.
com isso, ficou desequilibrada, pois o rabo era seu equilíbrio.
perdeu o sentido da vida, pois a vida, com sentido, estava no rabo.

isto é, com senso.

voco

emplosão
ixplosão

enclusão
ixclusão

uma questão de i – péraí!
uma questão de e – péraê!

vogais não consoantes!

Libras
:
chuta a barraca e mostra o pau:
o i fica pra fora, de fora
bate na trave
inclusão
com_clave,
no entrave
empedimento
impecilho
não faz gol

exclusão no interior

na capital

samas

cavalo marinho
sardinha de tiro?
             tátiranus

paf

PARE!
PASSAGEM
DE
[SEU]
FÉRETRO.


gaérri

treinamento prático para [ser] prático-seletor de RH:
escolher legumes a granel em feira popular
aleatoreidades inaleatórias
uma questão de perfil:

profissiográfico

aci

‘proibido fumar’ no coberto.
tempo de chuva
,

cigarros, ` a prova d’água

quinta-feira, 3 de julho de 2014

jan

anjo
não tem sexo – dizem
asas têm
substantivo ab_extrato masculino
não é sexo, é
duplo gênero, número e degrau
anjo não tem sexo
sexa não tem anja

asas têm

coisenber

             Era sabido, há tempos, que a situação de uma parcela significativa de estudantes que estavam ingressando no ensino superior apresentava muitas dificuldades na leitura e na escrita, desde correspondência grafema-fonema, passando por dificuldades de pontuação, hipo e hipersegmentação, até dificuldades – quando não impossibilidades – de interpretação de textos, orais ou escritos. Dificuldades é um eufemismo eufêmico para esta situação.
            Aquela sala de um curso de licenciatura era composta majoritariamente por pessoas com dificuldades incomensuráveis de escrita e leitura, o que não é uma exclusividade das licenciaturas. E, para quem não sabe ler, um pingo é só um pingo, isso quando o pingo é percebido. Mas, pode(ria) um pingo ser um i, uma parte do ponto e vírgula, a metade de dois pontos, um ponto ou mesmo um quarto de um i. Afinal, um pingo poderia ser qualquer coisa, até um pingo.
            Aula de alguma disciplina relacionada a políticas educacionais. A professora chega e encontra a sala de aula em pleno alvoroço, polvorosa. Não entendeu nada. O que estaria havendo? Cadeiravoaço? Ocupação? Greve? Briga? Assembleia? Protesto? Treta pendente de outras não vividas?
            Percebeu que o tema em questão era Paulo Freire. A sala toda estava brava com o ‘cavaleiro da esperança’. Queriam exumá-lo para acertar as contas com ele. Por que tudo isso? O que o velho mestre teria feito de errado?
            Criou coragem e entrou na sala. Pediu, aos berros, um minuto de silêncio. E não era em homenagem ao personagem em cena, mas, sim para saber o que estava acontecendo. Nos seus 60 anos de experiência no magistério nunca vira uma sala de licenciatura cometer ofensas, blasfemas heresias em relação ao velho mestre. O que está havendo?
            - Profa, é o seguinte... saca só o que esse mano escreve nesse livro (Professora sim, tia não), ói aqui, profa, vê se pode, esse cara qué morrê, só pode sê. Na moral, nós, reunidas em assembleia, deliberamos que esse livro vai pro index prohibitorum das liças. Quem esse cara pensa que é? Como esse pessoinha ousa dizer ‘professora Cyntia, não’. Nós queremos a professora Cyntia sim e ponto final
           

Inconclusão: Era só uma questão de interpretação.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

pesço

pessoas, não importantes
têm importância

tem importância?
que importância tem?
que importância não têm para importantes?
tipo exportação:
que mim porta?

imposturas
empáfias
indiferenças
importunações

quem se importa com elas?

invisibilidades visíveis: exílios social


men, digo.

lalus

O cartaz anunciava:
PRÓXIMO EX-PETÁCULO:
‘’’LUZ DA RIBALTA’.
Uma voz mecanizada anuncia:
‘Próxima parada: Estação da Luz’

‘Ainda bem que não é o fim da linha.’

gaju

como pode?
uma assinatura ou uma rubrica
de algum ordinariozinho qualquer
decidir vida e morte de milhões de pessoas
como pôde?

comodizneto: a decisão dos gabinetes pode repercutir no seu peito

contractus : social
excriptografado com sangue
à moda antiga, tão atual

perenidades essenciais