quinta-feira, 24 de maio de 2012

sone


Seis da matina, o despertante, que tem som de despertador (triim!), mas é um celular, desperta.
Mó friu. Ter que trabalhar. Classe operária é forbes. Ainda bem que tem despertador. ‘Magina o lumpem, que nem despertador tem, como deve ser nervo.
O proletário despertado respira fundo, resmunga algo. Joga pra soneca. Desperta de novo.
A cadela Cristal, que capta a subjetividade de meus pensamentozinhos estranhados, latiu:
– Qeqéiçucumpañero! Com a Dilma, agora, todo mundo tem celular. Mas, emprego, shopençah...  ainda não? ... não, ainda?... não ainda?... há_inda?
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