sexta-feira, 27 de setembro de 2013

cara-tudo

Todo principudo, caratudo, honestudo, eticudo, moraludo, o cara se dizia o cara, se achava o max, o máximo, o mássimo, o tudo.

Naquele dia, no seu trabalho, uma borracharia, eis que aparece uma simpaticosa Donnamarria e pede prele quebrá um galho e emitir uma notinha de só mais um dia.

Todo simpático, ele dá a ela uma nota fiscal em branco, diz para que faça bom proveito e que lhe deseja um bom dia.

A noite, ao chegar em casa, briga com o filho, que dera um gato num gole de tubaína e inteirara com água, para fingir que nada acontecera.

- Filho, tudo, menos mentira! Mentira é coisa do satanais. Mentir cresce o nariz. Mentir dá inferno. Mentir...

Todo principudo, caratudo, honestudo, eticudo, moraludo, o cara se dizia o cara, se achava o tudo. Achava-se o tal e arqui-inimigo do “Tar”. Agora estava em paz consigo. Conseguir.
Moral de pai, moral de filho.
A geração que se julga a vãguarda:
da boa moral, da boa ética, da razão, dos bons princípios e dos muito bons costumes
nada tem a ensinar
do que gosta de deblaterar.

Decorar o código, edulcorar a fala – impostações.


É de corar a Coralina!

Nenhum comentário:

Postar um comentário