quinta-feira, 26 de setembro de 2013

desmandamentos

Há lisos cabelos. Pra coisa num crespá.
Lentes coloridas (‘sarará pi-olho’). Primbrancuipretu a vida numficá.
Tintais nuis caibeilos. Pra brancos não nascerem.
Cinta na barriga. Par’o bucho encolher.
Usando roupas pretas. Pra tentar emagre-ser.
Passa bate-pedra na bocarra. Pros lábios desinfinescer.
Massa plástica na cara. Pras rugas esconder. {mas, e as rusgas?}
Sutiã mais ajuntado. Prus peitus envolumescer.
Calça jeans apertada. Pr’abundante não descer.
Salto 28. Pra mais maior apare(s)cer.
Mais duas horas no toucador. A Mono-liza vai sorrir.
Não (se) olha nu espelho. Pra não (se) apaixonar.
Ou é por medo da pergunta. Que a faz calar.
- Meu, cadê você? Você é você? Quem é você?
- ‘Quem sou eu?’
I-mundo de-sofia.
- * -

Estava pronta pra sua missão: naquela manhã ensinaria, no catecismo da escola dominical, os “dez mandamentos”. Decidiu que fora inspirada pela mão smithiana que começaria pelo “não mentirás”, pois a molecada estava muito pinocuda. Aquela molecada que não toma jeito, não ... vai tudo pru inferno proseá cum o ‘Tar’. 

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