sábado, 15 de março de 2014

paulal

De ‘origem humilde’, ela tivera ‘sorte, muita sorte’. Como a mãe tinha muitos filhos e tinha muita influência na comunidade, um político esperto e experto em polític_a_partidária, intermediara um emprego para a filha mais velha para trabalhar de aprendiz num escritório de contabilidade.

Com os ‘talentos natos’ que, ‘graças a Deus’, aprendera no escritório, tornara-se uma peritexperta em fraudar o fisco e outras coisinhas mais. De posse desses ‘talentos abençoados’, ‘dádiva divina’, conseguiu aumentar seu círculo de amizades, ‘selecionadas a dedo’.

Amizades influentes, em troca de favores – tudo dentro da lei. Um mamão suja outra e, às duas, sua cara. Assim, ‘subira na vida’: arrumara um carguinho comissionado no ‘serviço público’.

De barriga cheia e com as carências e necessidades supridas, literalmente com o dinheiro público, era pauliniana fundamentalista-ortodoxa: ‘que cada qual permaneça no lugar onde fora colocado, ou melhor, chamado’. Afinal, ‘nada é por acaso’. ‘Deus sabe o que faz e o que não faz’. ‘Cabe a todo mundo aceitar’.


Bom, quanto ao postulado de que nem tudo o que lícito [lhe-me] é conveniente... bom, isso não convinha a ela. Paulão não é uma teoria sistemática, ainda que fosse sistemático e, nessas horas, muito inconveniente. Hora, ora!

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