sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

hajir





I
A cor do uniforme.
As indumentárias.
Os instrumentos de trabalho.
A o_posição corporal [Lu-se-xplika?].
O olhar sempre para o chão.

Sempre.

Como se algo estivesse perdido.
Como se de algo estivesse a desviar.
Como se algo estivesse a procurar.

Tudo isso estava em consonância com o que era estipulesperado de sua função.
Lugar social na produção.


II
E não adiantava aquela habitual e rasteira converseira conformista de que “toda profissão é igualmente importante e digna”.

Se assim fosse, qual seria a explicativa para tantas diferenças materiais e simbólicas?

Até sua filha, de tenra idade, que ainda não desentendia muita coisa da vida, já havia sacado a parte principal da dinâmica.
Na era da pré-curiosidade aguçada, que durou pouco, perguntara, sem melar as palavras:
“Mãe, por que você trabalha sempre triste, olhando apenas e sempre para o chão?”
Passada essa era, a guria passou raciocinar diferente:
“Mãe, todas as profissões são igualmente dignas e importantes, mas eu não quero ter uma profissão digna e importante assim como a sua.”


estruturas e suas desestruturações:
reprodução e esterilidades
agência e seus deslimites...













Nos supermercados da vida o valor das pessoas é proporcional aos seus preços?

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