domingo, 25 de março de 2018

pounto gê






I



Ontem, 24/3/2018, conheci um alguém. Um truta? Um mano? Uma pessoa, gente? Possivelmente uma pessoa, possivelmente.

Ele não era o Papa, mas disse: “Pode me chamar de G”.

Na real, não conheci G. Apenas interagi, por força de dadas circunstâncias, por pouco mais de uma hora, com G. Exceto pelas circunstâncias e sua força, talvez eu ignorasse ou fugisse de G. A recíproca, talvez, também verdadeira fosse. Ou seja. Ou poderia ser.

Quem é G? Não sei quem é G. Quem foi G? Que faz G? Não sei o que G faz, nem o que faz G. Pelo que percebi, racionaislizando, “tá na correria”.

Dimo comentou algo mais ou menos assim [e quem um conto reconta, reduz ou aumenta no terço as contas]: “... não deve ser fácil a vida do G. ... Ele tem estereótipo...” Pode crê. Concordo, em termos, com Dimo. Esse dimótico comentário desencadeou diversas tretas pensamentais em mim. Pensar sobre minha gêzice, sobre minha geidade...

Se tivesse eu “opção”, teria interagido com G? Provavelcertamente não. G foi força das circunstâncias, circunstâncias forçadas, forçosas.

G, “sua esposa” e seu piá instigaram-me a pensar coisas que eu não havia pensado. Coisas que não pensara aprofundadamente. Coisas impensadas, coisas impensáveis. Coisas...

             

 II



Domingo, 25/3/2018, cinco da matina, BR153, Km 200 sentido norte. Noite escura e silenciosa. Rodovia só para mim. Sozinho, silenciosa e só pra mim... que nada! G estava lá deblaterando em meus pensamentos. Deblatera meus pensamentos.  G provoca-me, debocha-me, pisa em meu ponto J, e isso, para mim, não é nem um pouco prazeroso, aliás, ao invés.

“G tem estereótipo.” Podes crê! Concordo, em partes.
G tem várias coisas. Mas G também não tem várias coisas. Coisas várias. G tem coisas ambíguas, ambivalentes, coisas que nele não valem a mesma coisa que noutros coisinhos, noutras coisinhas.

Afinal, no final, o que me faz diferente de G? Nada? Pouca coisa? Um limiar tão tênue e imaginário como o tal Meridiano de Greenwich ou como a tão consistente e palpável dita linha do Equador?

A que distância estou de G? A que distância G de mim está? O que fez, o que faz com que G tenha se tornado (ou tenha sido tornado?) G, e não J? Por que G é somente G, e não tratado como “Sr. G” ou “Dr. G”?  
G é ou está G?

E eu? Queerzando o pensamento, não sou G ou não estou G?

Pensando bem, talvez eu e G (sem intenção de ofendê-lo, G) sejamos tão parecidos ou tão diferentes como, para pessoas analfabetas, as letras "g" e "j" em pronunciadas palavras, como, por exemplo, jiló, gengibre, jeito, viajem... viagem, gente!



III


Só pode tentar entender algo desse papo gê quem vivenciou esse momento gê ao vivo, e não assistindo um programa de auditório de TV.




Dedicado a @.






Nenhum comentário:

Postar um comentário