domingo, 2 de fevereiro de 2014

manta

nas cidades, urbes
no rural também
antenas se atropelam,
te acotovelam,
nos interpelam

grandes antenas
antenas médias
antenas pequenas

de celular, celulite, de te vê. de rádio, não mais.

todas antenadas
em silêncio
deblateram
invisíveis, suas potentes línguas
levam, trazem
notícias, fofocas – qual a diferença?
dinheiros, fotos
extrato do banco, estrato de tomate

as antenas – panotípicas
estão a tudo olhar lá de cima
nada escapa ao olhar da grande antena, da grande irmã Selétile
oniscientes, onipotentes, onipresentes,
as antenas tudo sentem, pressentem, tudo captam, tudo veem

antena
antenantes
antenados
antenudos

seus segredos mais mentirosos cuspidos nos esgotos do feiz-sebuq – um buqado de feiçudos mantenados em você

vi, giar é punir
fofosqueiros imundos: uni-vos.



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