segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

doam






I

‘Eram dois amigos [quase mais que] inseparáveis’.
Mas, por força da sina, do clã destino, tiveram que se separar...
Quase definitiva, quase eternamente.


II

Na separação, como quase sempre, mas não necessariamente em todas as despedidas, choros, promessas. Pactos.
Sabiam que, morando em pontos extremamente distantes, seriam inviáveis contatos presenciais, exceto por razões de força muitissimamente maior.
Sabiam que não poderiam mais comparecer às festas de aniversário, dos churrascos vegetarianos até então habituais, nem mesmo em casos de doenças.


III

Depois de palavras e mais palavras, fizeram um pacto de sangue.
Ao menos na despedida última da vida, deveria haver a presença presencial. Então, selaram o seguinte contrato:
Se um deles morresse, o desencarnante não poderia deixar de avisar o outro, para que o outro outro
pudesse comparecer à cerimônia de transição do outro outro.


V - 1

Pacto de dois amigos [quase mais que] inseparáveis...
Cumprir-se-á?
Ah!...

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