segunda-feira, 24 de julho de 2017

Ciclo de debates discute a sociologia de Florestan Fernandes



Ciclo de debates discute a sociologia de Florestan Fernandes
PET de Ciências Sociais promove, nesta terça-feira (25/7), evento sobre o sociólogo
[24/07/2017]
O Programa de Educação Tutorial de Ciências Sociais (PET-CS) da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp, Câmpus de Marília, promove nesta terça-feira, dia 25 de julho, a terceira edição de seu Ciclo de Debates, onde será discutida "A Sociologia de Florestan Fernandes". Atividade é gratuita e aberta ao público.

O evento do PET-CS abordará a vida e obra de um dos maiores sociólogos do Brasil e da América Latina. Atividade será às 14h, na sala 1 da Central de Salas de Aula (CSA), com a participação do Dr. Marcelo Augusto Totti, do Departamento de Sociologia e Antropologia da Unesp de Marília, que abordará aspectos da produção teórica de Florestan Fernandes e de sua militância em defesa da educação crítica e pública.

O nome de Florestan está obrigatoriamente associado à pesquisa sociológica no Brasil e na América Latina. Sociólogo e professor universitário, com mais de cinquenta obras publicadas, ele transformou o pensamento social no país e estabeleceu um novo estilo de investigação sociológica, marcado pelo rigor analítico e crítico, e um novo padrão de atuação intelectual.
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Florestan Fernandes

Florestan Fernandes foi político e sociólogo brasileiro, considerado fundador da sociologia crítica no Brasil. Nascido em São Paulo, em julho de 1920, trabalhou como assistente do professor Fernando de Azevedo, na cadeira de Sociologia II, em 1945. Na Escola Livre de Sociologia e Política, com a dissertação "A organização social dos Tupinambá", obteve o título de mestre. Em 1951 defendeu, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, a tese de doutoramento "A função social da guerra na sociedade tupinambá", posteriormente consagrado como clássico da etnologia brasileira.

Em 1969, foi afastado das atividades acadêmicas por que foi perseguido pela ditadura militar brasileira. Nesse mesmo ano escreveu a tese "A Integração do Negro nas Sociedades de Classe". O sociólogo desenvolveu outros estudos referentes às sociedades indígenas e ao processo de dependência da América Latina em relação aos Estados Unidos, sobre o qual escreveu o livro "Capitalismo Dependente e Classes Sociais na América Latina" (1973). Outro livro importante foi "A Revolução Burguesa no Brasil" (1975), que abordava questões sobre a resistência que a classe dominante brasileira tinha às mudanças sociais.

Em 1986, foi eleito deputado constituinte pelo Partido dos Trabalhadores, tendo atuação destacada em discussões nos debates sobre a educação pública e gratuita. Em 1990, foi reeleito para a Câmara.
Luiz Gustavo Leme



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