sábado, 22 de julho de 2017

xuaska







Na rua rola um churrasco, o dito “churrasquinho de gato”, vendido por alguns reais numa ordinária esquina.

O cheiro provoca reações involuntárias. Reminiscências. Sentimentos, sensações imprecisas, indiscerníveis, imprecisáveis, impronunciáveis. Desejadas-indesejadas. Indesejadamente desejáveis, comumente em partes, literalmente em partes.

Queirozmente, coisas indizíveis, porém, algumas, em partes, nebulosa e confusamente quase dizíveis, porém, divididas em partes que não se conectam. Algumas inlembráveis. Outras, inolvidáveis, ainda que assim desejável. Memória rebelde, traiçoeira. Leva-me e não traz de volta...

Traz sem pedir licença. Ausentes presentes. Presentes ausentes. Ausências presentes, que se fazem sentir, ser sentidas, independentemente dos sentidos. Indefiníveis.

Poesia das ausências. Poema dos presentes não dados. Em tempo. Há tempo?

“Tempo bom”? talvez, não necessariamente. Tempo é dissociável das circunstâncias?

“Que não volta nunca mais”? O tempo, não, talvez. Aspectos de sensações, talvez, sim. Infelizmente, não necessariamente as desejáveis.

Tim-Tim: do que foi de novo nada será do jeito que já um dia se foi?

“Melhor dos tempos”? “Pior dos tempos”? Uma Dicka?

Não há!



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