quarta-feira, 11 de abril de 2018

barbia





I


... num ordinário mercadinho periférico da vida...
... nas gôndolas dos brinquedos, na seção de bonecas...
... uma guria, considerada, para os padrões hegemônicos, obesa...
... intima sua mãe:
“mãe, porque eu não puxei pra Barbie?”




II

... a mãe, aparentemente constrangida – ou consternada? –, olha-me, atonitamente, nos meus olhantes...
... eu, indiscreto e indescritível, desvio imediatamente não somente o olhar, mas também os olhantes...
... prefiro tentar mediar um acordo de “livre” comércio entre Prometeu e Lúcifer (se se preferir... Lucifer)...


reticências
e ponto






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