segunda-feira, 9 de abril de 2018

evento educação - China Miéville e a Revolução Russa de 1917 --- O Movimento operário e popular na abordagem dos agentes de segurança do Estado (1946-1955) Candido Giraldez Vieitez

SEMINÁRIO ABERTO  
do Grupo de Pesquisa Organizações e Democracia


Programação
12 de abril de 2018 
Anfiteatro - UNESP/Marília
18h30 - Lançamento de Livro:
O Movimento operário e popular na abordagem dos agentes de segurança do Estado (1946-1955)
Candido Giraldez Vieitez
19h30 - Discussão de Livro: 
Outubro: História da Revolução Russa
China Miéville
DEBATEDORES:
Magela Reny Fonticiella Gómez (PPGE/FFC/UNESP)
Candido Giraldez Vieitez (PPGE/FFC/UNESP)

O Movimento operário e popular na abordagem dos agentes de segurança do Estado (1946-1955)

Candido Giraldez Vieitez

Editora Lutas Anticapital

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Comumente no debate político e histórico, entre muitos equívocos que normalmente associam o resgate da trajetória do movimento operário e popular, está a leitura de que a história é história somente em determinados centros urbanos, capitais e das maiores regiões, ou se expressa a partir de determinadas categorias sociais que, por sua importância, acabam sendo objeto de maior atenção nos estudos acadêmicos. Temos ainda lacunas sobre o que ocorre alhures, ou melhor, no interior de nosso país e de nosso estado, vistas as vezes como de pouca importância. Não é o caso do trabalho que ora apresentamos e sua particularidade confere uma outra dimensão.
A documentação levantada e exposta sobre a atuação e o olhar dos órgãos de segurança é reveladora de uma história pouco conhecida, e pelo exposto demonstra bem que esse componente de vigilância e repressão teve seus tentáculos em locais aparentes tranquilos. A superação dessa visão obliqua, em nada micro e que não é somente localizada, demonstra que somos parte de uma história maior, e sua dimensão é vascularizada embora pouco conhecida, mas que pode agora ser reconhecida.
Além de abrir caminho para que uma nova reflexão de uma parte importante da atuação de vários atores sociais, heróis e algozes, pouco (re)conhecidos; o livro possibilita ainda às novas gerações um instrumento pedagógico no presente e futuro para se pensar um outro país, e quiçá se valorizar como parte de uma história.
Paulo R. da Cunha | Unesp - Marília
Valor do livro: R$25,00
Contato: Mariana da Rocha
Conta para depósito ou transferência:
Banco do Brasil
Ag. 1515-6 / CC 105032-X
Mariana Silva
 
 
 
 
China Miéville e a Revolução Russa de 1917

aaaaaO mundo em que vivemos encontra-se em uma encruzilhada histórica. O que está ocorrendo neste momento e o que ocorrerá nos anos vindouros não pode ser entendido sem que tenhamos uma ideia do que foi a Revolução Russa de 1917, um dos maiores acontecimentos históricos de todos os tempos.
aaaaaNão é uma simples coincidência que os principais protagonistas que atualmente se engalfinham no âmbito internacional sejam a aliança euro-americana, de um lado, e a aliança russo-chinesa de outro.  Ou seja, as tradicionais forças imperiais hegemônicas em declínio e os herdeiros da Revolução de 1917 em ascensão, uma vez que a China já é a primeira potência econômica do mundo e a Rússia a primeira potência militar/tecnológica.
aaaaaO livro Outubro de China Miéville não é uma obra de conceitos e tampouco traz uma preocupação com alguma problemática específica das muitas que rondam a historiografia, a política e a sociologia. É, antes de tudo,  uma narrativa do processo da revolução apoiada na pesquisa histórica, mas composta sob inspiração da técnica literária. O resultado é que, apesar do cuidado com a veracidade dos fatos, o trabalho se assemelha mais a uma obra de ficção do que a um discurso historiográfico.
aaaaaO autor presta um tributo ao partido bolchevique, o intelectual coletivo da Revolução, bem como a algumas de suas figuras notáveis, como Trotsky e Lênin. Porém, em suas páginas não encontramos uma apologética do partido revolucionário e tampouco o mantra secular da propaganda anticomunista de que a Revolução só ocorreu devido à ação subversiva de seitas de fanáticos comunistas ou anarquistas.  Na narrativa de Miéville não faltam nem as organizações, revolucionárias ou não, nem as personalidades. No entanto, os que fazem os papeis de protagonistas centrais da trama são aqueles que realmente o foram: os operários industriais, os soldados e os camponeses.
aaaaaA Revolução Russa foi uma revolução socialista inconclusa. E, finalmente, com o desaparecimento da URSS, feneceu. No entanto, o seu significado parece situar-se para além da imaginação sociológica. De um lado, o seu legado prosaico que se expressa na Rússia pós-soviética, supostamente capitalista, é praticamente inexplicável segundo o cânone analítico capitalista. De outro lado, é inequívoco que a Revolução deixou entreaberto para a classe trabalhadora mundial um portal histórico de significado transcendental.
Candido Giraldez Vieitez
Grupo de Pesquisa Organizações e Democracia

Sobre os participantes:

Magela Reny Fonticiella Gómez é doutoranda em Educação pela Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia e Ciências, campus de Marília e membro do Grupo de Pesquisa Organizações e Democracia, na mesma instituição. É especialista em Metodologia no Ensino de Química e Formação Complementar em Qualidade e Auditoria Interna. Na Universidade Tecnológica do Paraná – Câmpus Medianeira, chefia o Núcleo Psicopedagógico e de Assistência Estudantil e coordena a Comissão de Auxílio Estudantil. No município de Medianeira, coordena o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), o Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes (ENADE) e a Prova Brasil. 
Candido Giraldez Vieitez é sociólogo, fez pós-doutorado na Universidad Complutense de Madri, UCM, na Espanha. Na Faculdade de Filosofia e Ciências, Unesp/Câmpus de Marília, faculdade da qual foi diretor, atua como co-coordenador do Grupo de Pesquisa Organizações e Democracia e como docente do Programa de Pós-Graduação em Educação. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia do Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, trabalho, autogestão, cooperativas e universidade. É autor de diversos livros, dentre os quais “O Movimento operário e popular na abordagem dos agentes de segurança do Estado (1946-1955)”, seu mais recente trabalho.  
Comissão Organizadora:
Ellen Felício dos Santos (Pedagogia/FFC/UNESP)
Filipe Bellinasso (PPGE/FFC/UNESP)
Nathanael da Cruz e Silva Neto (PPGE/FFC/UNESP)





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