sexta-feira, 30 de março de 2012

experiência própia


Julga[va]-se com autoridade-autoritária para falar sobre miséria, fome e outras coisas de pobre, pois, por uma semana, fora mendig@ nas ruas marilianas, implorando umas moedinhas no trote universiotário, pra tomá umas burregas dispois.
Tivera a oportunidade de se sentir protagonista principal do filma “Droga de Vida”. Agora, já podia discursar, citando Carlos Marques, nas aulas de sociologia no curso de Ciências Sociais.
Já podia falar de e não mais apenas sobre fome, miséria, proletariado e outras coisas interessantes e exóticas. Só se sentia ultrajad@, ofendid@ etc. quando, em sala de aula ou nos corredores, alguéns, ao por el@ passar, cantava Tom Zé: “Classe operária”.
A única coisa que ainda o incomodava é que ainda não conseguia perceber a diferença entre uma Carteira de Trabalho e Previdência Social e um Passaporte. Este, (re)conhecia desde tenra idade; daquela, evita chegar perto, pois tem alergia a coisas inerentes ao lumpem proletariado.
Até acha glamouroso bancar o franciscan@-operári@ nas festas da fêfêcê, mas, como no trote universiotário, apenas por algumas horas, e em caráter lúdico, artístico. Pena que a Dízel não fabrica macacão, botina bico-de-aço, óculos e capacete de operário. Já pensô?

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